Há muitas estradas e rodovias perigosas no Brasil. E no mundo também, como os exemplos mundialmente divulgados recentemente pelas versões do programa da TV fechada chamado Estradas Mortais, exibido pelo canal pago History Channel.

Um dos mais perigosos do mundo, senão o mais perigosos de todos, é o Camino a Los Yungas, localizado na Bolívia, que liga a região conhecida como Yungas à capital La Paz.

Essa estrada sinuosa e estreita é recheada de curvas fechadas e está localizada na encosta de uma montanha, estando a mais de 600 metros de altura do nível do mar.

Há trechos do Camino a Los Yungas em que se tem uma largura de apenas 3 metros, o que praticamente impede a passagem de dois veículos ao mesmo tempo.

Camino a las Yungas

E é exatamente esse um dos principais motivos para a quantidade imensa de acidentes mortais que ocorrem todos os anos nessa perigosa estrada boliviana, o que lhe conferiu o nada honroso apelido de Caminho da Morte.

Em 1995, o Banco Interamericano de Desenvolvimento classificou o Camino a Los Yungas como sendo um dos lugares mais perigosos do mundo todo. Foi isso que motivou a criação do apelido de Caminho da Morte.

A média de acidentes ocorridos nessa estrada boliviana é de surpreendentes 209 por ano, sendo que desses, cerca de 96 com vítimas fatais. Mas apesar desses números terríveis, as autoridades pouco ou nada fazem para tentar melhorar as condições precárias do Camino a Los Yungas.

Caminho da Morte

Apesar de toda a sua fama terrível espalhada não apenas pela Bolívia, mas também pelo restante do mundo, a estrada tem uma extensão de apenas 80 km, o que a torna a menor das estradas consideradas mais perigosas do mundo.

Para reforçar ainda mais a fama de Caminho da Morte que a estrada carrega, uma série de cruzes está espalhada pelo trajeto inteiro do Camino de Los Yungas. Essas cruzes servem para indicar os locais onde morreram pessoas acidentadas na estrada. Quase sempre esses acidentes envolvem quedas no precipício, o que não é difícil de imaginar com a largura extremamente estreita da estrada.

A prática de se dirigir com o carro à esquerda da pista, diferentemente do que é feito no Brasil, por exemplo, é utilizada por lá para que o motorista tenha uma real noção da distância entre os pneus e o precipício, tudo para evitar que ocorram acidentes (ou para pelo menos diminuir a incidência deles).