O ano passado entrou para a história da indústria automotiva como aquele em que os brasileiros entraram compraram um carro novo, pelo menos grande parte dos consumidores que estavam namorando uma máquina. Tudo isso porque o governo reduziu a zero o IPI de muitos veículos, reduzindo consideravelmente o preço final. Com o início de 2013 o IPI voltaria ao normal em uma escala progressiva durante os meses. Mas o governo anunciou que vai congelar a atual taxa de IPI, pelo menos até o final deste ano.

IPI mais barato até o final do ano

A novidade foi contada aos brasileiros pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional do último sábado, dia 30 de março. A intenção era continuar elevando a taxa de IPI até o patamar considerado normal, mas a decisão é de congelar as taxas do mês de março, em mais elevações até dezembro, pelo menos. Mesmo que o IPI esteja maior do que o que estava sendo cobrado no final do ano passado, mesmo assim os motoristas ainda estão saindo ganhando mais uma chance de comprar um carro novo por um preço um pouco mais acessível.

Sem quedas

O governo está fazendo sua parte para manter a economia aquecida. Esta é apenas uma decisão de um conjunto de medidas que estão sendo tomadas pela presidenta Dilma e também pelos seus ministros com o objetivo de fortalecer ainda mais a economia do País, mesmo com alguns especialistas recomendando que o Brasil pise no freio devido a um possível descontrole da inflação.

De acordo com o Ministro, a medida tem por objetivo "não haver risco de que houvesse uma queda nas vendas ao longo do ano". "A indústria automobilística é muito importante para a economia brasileira. Ela representa 25% da produção industrial. Então, para manter a produção industrial crescendo, é importante que a indústria automobilística continue crescendo", afirmou.

IPI permanece baixo até final de 2013

A experiência com o IPI zero no ano passado realmente se mostrou muito interessante, afetando positivamente não apenas a indústria automotiva, mas sim toda a cadeia produtiva que está diretamente relacionada a produção de automóveis. O objetivo deste ano é fortalecer ainda mais a economia. Apesar do ano passado ser considerado como sendo o ápice da venda de automóveis pela redução do IPI, 2013 será o sexto ano consecutivo com medidas de redução da alíquota para venda de automóveis, sendo que a primeira vez que esta medida foi tomada aconteceu em 2008.

O custo total para os cofres do governo, de acordo com as projeções iniciais que foram feitas pelo governo federal, será de R$ 2,2 bilhões entre abril e dezembro deste ano, sendo que esta perda será em cima do valor que já estava sendo programado para ser recebido através do recolhimento de impostos.

Como ficam as alíquotas

Entre janeiro e março deste ano, a alíquota de IPI que está sendo cobrada dos carros é de 2%, sendo que este será a taxa cobrada até o final de dezembro deste ano. Lembrando que este valor é referente aos carros 1.0, os mais simples das categorias. Apesar de ser mais do que estava sendo cobrado no final do ano passado, o governo lembra que o valor considerado normal de cobrança desta alíquota é de 7% para os carros deste segmento. Sem a decisão do governo, o IPI de carros populares subiria para 3,5% de abril a junho e a alíquota de 7% seria retomada a partir de julho.

Para carros a gasolina, 1.0 a 2.0, a alíquota permanecerá no atual patamar de 8% até o fim deste ano. Sem a decisão de prorrogar a atual alíquota, ela subiria para 10% entre abril e junho e para 13%, nível considerado "normal", a partir de julho deste ano. No fim de 2012, o IPI destes veículos estava em 6,5%.