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Os planos da Honda para a terceira geração o monovolume Fit não são nada modestos. Afinal, ele é o quarto modelo mais vendido da marca japonesa no mundo, com mais de 5 milhões de unidades – perde apenas para Accord, Civic e CR-V. No Brasil, onde chegou em 2003, também desfruta de certo êxito. Ano passado, o Fit emplacou uma média de 3.300 unidades mensais e liderou com folga o segmento de monovolumes – mais que o dobro das vendas do segundo colocado, o Fiat Idea. Lançada em setembro último no Japão, a terceira geração do Fit é a maior aposta da fabricante nipônica. Tanto que, no Brasil, pretende comercializar 5 mil carros/mês – mais que o Civic. Para isso, a Honda ousou na estética com traços esportivos, evoluiu o conhecido motor 1.5 litro, promoveu a volta da transmissão CVT – agora com conversor de torque – e caprichou no interior. 

E essa “pequena revolução” do Fit começa no design. O modelo inaugura uma nova linguagem visual global da Honda, que será aplicada para os futuros lançamentos da marca. A parte dianteira passa a trazer o conceito batizado de “Solid Wing Face”, que fica bem evidenciado por meio da grade frontal cromada – já presente no novo City lançado na Ásia e no utilitário Vezel, que será produzido no Brasil em breve. Os parrudos para-choques ganharam generosas entradas de ar ou luzes de neblina nas versões mais caras. No perfil, chama atenção o vinco acentuado em toda extensão lateral, que reforça a sensação de movimento. Atrás, as novas lanternas ressaltam o aspecto moderno.

A terceira geração do Fit traz também uma nova arquitetura – adotada no Vezel e no novo City. Tanto a plataforma quanto a carroceria usam, em mais abundância, aços de alta tensão, que permitem reduzir o peso do carro e ainda dar mais rigidez torcional ao conjunto. O entre-eixos é 3 centímetros maior e agora ostenta 2,53 metros. O comprimento cresceu quase 10 cm – segundo a Honda, em função dos para-choques mais avantajados. Altura e largura ficaram na mesma. Por dentro, no entanto, a Honda fez uma reengenharia do espaço. Os ocupantes ganharam 3,5 cm de “folga” entre os ombros na dianteira e 2 cm a mais na traseira, graças aos aços mais finos da carroceria. A posição de dirigir está um centímetro mais baixa devido à diminuição do tanque de combustível – que fica no assoalho embaixo dos assentos dianteiros. Além disso, com os braços da suspensão traseira mais curtos, os bancos traseiros foram oito centímetros para trás, abrindo mais espaço para o tronco e pernas.

Novo Honda Fit

Na parte mecânica, a Honda “aposentou” o motor 1.4 litro. Em todas as configurações, o novo Fit vem com o conhecido propulsor 1.5 litro, que só equipava a versão topo de linha do antecessor, além da Twist – configuração “aventureira” que, em breve, irá ganhar sua versão na terceira geração. Mas o motor passou por algumas modificações como o coletor em plástico de alta resistência em vez do alumínio usado antes. O comando de válvulas foi redesenhado e teve atrito e peso reduzidos, o que aumentou o torque em baixas rotações. A potência continua nos 115/116 cv a 6 mil giros com gasolina e etanol, respectivamente. Já o torque aumentou. Passou de 14,8/14,9 kgfm para 15,2/15,3 kgfm. A nova geração do Fit passa a ter o propulsor com tecnologia chamada de FlexOne, que dispensa o “tanquinho” para partida a frio.

Mas a maior mudança no trem de força está na transmissão. Além do câmbio manual de cinco marchas, a primeira geração usava também um CVT que deu lugar a um automático de seis relações na segunda. Na atual, a Honda diz que achou “o melhor dos mundos” e voltou a usar o CVT. Em versão mais moderna, ele agora vem com conversor de torque, que acopla as engrenagens de forma mais rápida e suave. Segundo a marca, o componente permitiu um ganho de 17% de eficiência em relação ao câmbio automático. Nas versões DX e LX, a transmissão é manual de cinco marchas, mas há a opção de câmbio CVT – que adiciona mais R$ 4.600 ao preço. Nas versões EX e EXL, a transmissão é sempre CVT 

Para a linha 2015, a Honda vai comercializar o Fit em quatro versões. A básica DX – que deve corresponder somente a 3% do mix – parte de R$ 49.900. Traz itens como ar-condicionado, maçanetas na cor do veículo, abertura interna do tanque de combustível e encosto de cabeça para todos os ocupantes. A aposta da Honda é a LX. A fabricante japonesa projeta que 48% dos Fit vendidos daqui pra frente sejam dessa versão. Ela custa iniciais 54.200 e vem mais recheado com rodas de liga leve de 15 polegadas,  rádio AM/FM/USB/Bluetooth, banco do motorista com regulagem de altura, bancos traseiros reclináveis e bipartidos 60/40, retrovisores elétricos e quatro alto-falantes. Já a EX, com farol de neblina, tela de LCD de 5 polegadas, câmera de ré e volante multifuncional, tem o preço de R$ 62.900. A topo de linha fica a cargo da EXL, que ainda adiciona airbags laterais, bancos em couro, computador de bordo digital e com luz de fundo azul. E custa R$ 65.900. Na soma da EX com a EXL, a Honda espera angariar 48% das vendas do novo Fit.

Interior do novo Honda Fit

Primeiras impressões - Honda Fit EXL

Por fora, o novo “design” deu um aspecto de maior dinâmica e fluidez ao Fit. Os para-choques com entradas de ar emprestam um jeitão mais robusto ao modelo e ainda adicionam uma pitada esportiva. Dentro do novo Fit, uma agradável surpresa. Em alguns automóveis, o design externo não “conversa” com o interior dos veículos. Mas no renovado monovolume da Honda, o habitáculo está em harmonia com o lado de fora. O destaque é a tela multimídia de 5 polegadas no painel central que concentra as funções do rádio AM/FM/CD/MP3 e ainda tem entrada USB e Bluetooth. Ela não é sensível ao toque e nem traz GPS integrado. Segundo a Honda, pesquisas da marca apontaram que os usuários do sistema de localização raramente utilizam o equipamento presente no carro – a preferência é pelos smartphones. Mas é inegável que o GPS acrescenta um certo valor aos veículos – mesmo que não sejam usados pela maioria. 

Felizmente, a “pegada” mais esportiva do novo Fit não fica apenas na aparência – é endossada pelo bom desempenho do novo “powertrain”. A Honda até fez algumas mudanças no conhecido motor 1.5 litro para deixá-lo mais “espertinho” nas saídas. Mas é a nova transmissão CVT, agora com conversor de torque, que mais contribui para a evolução no desempenho do modelo em relação à versão anterior, com câmbio automático. As retomadas estão bem mais ágeis e as ultrapassagens podem ser realizadas de forma mais consistente, sem “soluços” nem vacilações. O barulho insinuante do motor – típico dos carros com CVT – é agradável e adiciona um componente acústico à percepção de esportividade. A suspensão é bem acertada e, apesar de ser “altinho”, o Fit é bom de curva e consegue fazê-las sem adernar excessivamente. Quando é necesário brecar bruscamente, o monovolume para de maneira rápida e equilibrada, sem pregar sustos. Como convém a um carro de família.

Estilo do Honda Fit permanece parecido

Ficha técnica (dados de fábrica)

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.497 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas ou CVT. Tração dianteira.
Potência máxima: 115 e 116 cv a 6 mil rpm com gasolina e etanol.
Torque máximo: 15,2 e 15,3 kgfm a 4.800 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 73,0 mm X 89,4 mm.
Taxa de compressão: 11,4:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira por eixo de torção.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS com EBD.
Pneus: 185/55 R16 (EXL), 185/60 R15 (EX e LX).
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,99 metros de comprimento, 1,69 metro de largura, 1,53 metro de altura e 2,53 metros de entre-eixos. Oferece airbags frontais.
Capacidade do porta-malas: 363 litros.
Tanque de combustível: 45,7 litros.
Produção: Sumaré, São Paulo.

Sob o capô do Honda Fit - Motorização

Peso

DX MT: 1.052 kg
DX AT: 1.072 kg
LX MT: 1.060 kg
LX AT: 1.080 kg
EX AT: 1.099 kg
EXL AT: 1.101 kg

Itens de série

DX: cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, Isofix, airbags frontais, Vidros elétricos, maçanetas externas na cor do veículo, pré-disposição para rádio e ar-condicionado.
Preço: R$ 49.900 (R$ 54.500 com CVT)

LX: adiciona sistema de áudio 2DIN com rádio AM/FM/USB/Bluetooth, banco do motorista com regulagem de altura, bancos traseiros reclináveis, bipartidos 60/40, retrovisores elétricos, quatro alto-falantes,
Preço: R$ 54.200 (R$ 58.800 com CVT)

EX: adiciona faróis de neblina, câmera de ré com três ângulos de visualização, volante multifuncional, sistema de áudio 2DIN com rádio FM/AM/MP3/CD com tela de LCD de 5 polegadas e Bluetooth, chave tipo caniveteentrada USB.
Preço: R$ 62.900

EXL: adiciona painel com computador de bordo digital multifunções com fundo azul, bancos em couro e airbags laterais e volante com acabamento em couro com detalhes das portas e maçanetas na cor prata.
Preço: R$ 65.900.

Autores: Raphael Panaro e Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos externas: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias – Interior e motor: Raphael Panaro/Carta Z Notícias