Por Victor Palandi

publicado em Clássicos

A cidade-luz, Paris, irá receber até o dia 30 do mês de novembro de 2013, uma exposição super especial. Trata-se da "2 CV Expo Show - O Essencial na Essência", cujo tema será a comemoração do aniversário de 6 décadas do modelo Citroën 2 CV, simplesmente o mais famoso Citroën da história.

Para compreender um pouco desse grande sucesso, temos de recuar até o ano de 1929, no momento em que o importante empresário André Citroën solicita ao designer italiano Flaminio Bertone um projeto de um modelo que reunisse duas características principais: tamanho compacto e praticidade.

Quando André falece, 7 anos depois, em 1936, Pierre Boulanger, na época vice-presidente da empresa, leva à frente esse projeto, que tinha como nome a sigla TPV -"Très Petite Voiture", carro bem pequeno.  O primeiro protótipo desse modelo especial foi construído em 1937, sendo movido por um motor, usado em motocicletas, com 500 cm3.

Com a eclosão da Grande Guerra, decorreu a ocupação nazista na França, interrompendo esse processo de criação do automóvel supercompacto. Somente em 1948, no dia 7 de outubro, bem no prestigiado Salão do Automóvel de Paris, o público pôde ficar impactado com o 2CV. Embora tenha causado algum choque por conta de suas formas bem ousadas, a propalada praticidade, sem contar com sua eficiência, encantaram a todos, calando a voz dos críticos.

Como se não bastasse todos os diferenciais do 2CV, ainda contava com uma especificidade: todas as suas partes seriam montadas – ou removidas, conforme o caso – apenas com a utilização de um número mínimo de parafusos. Ao todo, o carro tinha um peso de 500 kg e chegava a atingir 65km/h, e era ultraeconômico: 22 km por litro de combustível.

Com o estrondoso sucesso, o modelo começou a virar assunto na sociedade parisiense, chegando a receber apelidos carinhosos - "deux-pattes", ou duas patas, e também diminutivos como "Deuche" e "Dedeuche". Já os críticos também se empenhavam, criativamente, em nomear a belezinha, chamando-o de "guarda-chuva de quatro rodas", "patinho feio" ou "cocoricó" – por conta do ruído emitido no momento em que se dá a partida no motor.

Holandeses e alemães também chamavam o carro por meio de apelido: “Pato”; Flandres o conhecia como “Cabrita”, na África era “Camelo de Aço”, na Finlândia tinha um curioso chamado: “Rättisitikka”, que significa “o carro do catador de papelão”.

Enfim, a produção do 2 CV foi encerrada em definitivo na fábrica francesa da cidade de Levallois, no mês de fevereiro de 1988. Apesar disso, a venda prosperaria ainda por 2 anos e meio. A última unidade comercializada foi no dia 27 de julho de 1990, no horário histórico de 16h, em Mangualde, Portugal.  Ao longo das mais de quatro décadas de existência, foram montados mais de 5 milhões de exemplares, sendo de 1.246.335 caminhonetes e 3.868.634 sedãs.

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