O governo federal, através do Ministério de Minas e Energia, anunciou esta semana uma mudança na porcentagem de biodiesel que precisa estar obrigatoriamente no diesel. De acordo com as informações que foram confirmadas pelo governo federal, a partir desta semana a porcentagem passa para os 10% no diesel que é vendido diretamente para o consumidor.
A mudança foi aprovada em dezembro do ano passado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), sendo que ela acabou sendo efetivada no último dia 1º de março, quinta-feira. Antes da mudança a regra que estava sendo trabalhada pelo governo era e que o percentual máximo de biodiesel no diesel era de 8%.
A resolução do Ministério de Minas e Energia, em sua expectativa inicial, era de que a mistura passasse para os 9% neste ano, deixando para o aumento efetivo de 10% apenas par ao próximo ano.
Com a adoção do chamado B10, a expectativa é de que a demanda por biodiesel cresça em 1 bilhão de litros neste ano. A estimativa de consumo, segundo o MME, é de 5,3 bilhões de litros em 2018. De acordo com a pasta, a medida contribui para a redução de importações de óleo diesel.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) emitiu nota nesta quinta-feira, indicando que a decisão do CNPE traz benefícios imediatos para o País.
"O Brasil substituirá mais 2% do consumo de diesel mineral por biodiesel, que é mais saudável e renovável, enquanto países europeus ameaçam paralisar a frota de carros a diesel para atingir metas de redução de poluição, por não disporem de maior oferta de biocombustíveis", diz a nota.
Além disso, a associação aponta alguns outros benefícios interessantes relacionados ao aumento da porcentagem de biodiesel, sendo que um dos principais está relacionado a redução das emissões de gases de efeito estufa em 72% quando comparado com o diesel mineral e de 20% quando comparado com o material particulado e ao monóxido de carbono.
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