Por Redação

Categoria: Mercado
Tempo de leitura: 5 minutos

Com o crescimento acelerado dos carros elétricos e híbridos no Brasil, um novo desafio tem surgido para consumidores, revendedores e seguradoras: como a Tabela Fipe precifica esses veículos? A resposta não é tão simples quanto parece.

Modelos com tecnologias ainda recentes no país, variação de oferta, falta de histórico de mercado e rápida depreciação tecnológica são apenas alguns dos fatores que tornam a formação desses preços mais complexa.

Neste artigo, vamos explicar como a Tabela Fipe calcula os preços de elétricos e híbridos, além de destacar os principais desafios que o setor automotivo enfrenta na precificação desses veículos.

Como a Tabela Fipe determina os preços de elétricos e híbridos?

A metodologia da Tabela Fipe é a mesma para todos os veículos, sejam eles a combustão, híbridos ou 100% elétricos. O cálculo é feito com base na média ponderada dos preços de mercado, considerando:

Ou seja, a Fipe apenas reflete o comportamento de mercado, ela não "cria" um preço.

Porém, no caso dos elétricos e híbridos, essa coleta de dados enfrenta limitações.

Principais desafios na precificação de elétricos e híbridos na Tabela Fipe

1. Baixo volume de transações

Como o mercado de veículos eletrificados ainda é pequeno no Brasil, o número de vendas efetivas por modelo é limitado. Isso dificulta a obtenção de uma média estatisticamente confiável.

2. Falta de histórico de mercado

Enquanto carros a combustão têm décadas de histórico de preços, alguns modelos elétricos e híbridos têm menos de 3 anos de presença no mercado nacional. Isso afeta a análise de depreciação ao longo do tempo.

3. Alta variação de versões e equipamentos

Nos elétricos e híbridos, é comum que uma mesma linha de veículos tenha várias versões com diferenças significativas de motorização, bateria, autonomia e tecnologia embarcada. Essas variáveis impactam diretamente o valor, mas muitas vezes a Fipe publica um preço médio único por modelo e ano.

4. Influência de incentivos fiscais e subsídios

Alguns modelos vendidos nos últimos anos chegaram ao Brasil com incentivos fiscais ou condições especiais de importação, o que distorce a comparação com o valor de revenda atual.

5. Desvalorização acelerada (ou, em alguns casos, valorização)

Em segmentos como o dos elétricos, alguns modelos têm depreciação mais rápida devido à evolução tecnológica. Por outro lado, certos híbridos ou elétricos com boa aceitação podem até apresentar valorização momentânea por conta da demanda.

Exemplos práticos de distorções na Tabela Fipe para elétricos e híbridos

O que considerar ao negociar um elétrico ou híbrido usando a Tabela Fipe?

Se você está pensando em comprar ou vender um carro eletrificado, ou mesmo negociar um seguro ou financiamento, algumas dicas:

Conclusão

A Tabela Fipe continua sendo um excelente ponto de partida para entender o valor de mercado de um veículo. Mas quando o assunto são carros elétricos e híbridos, é fundamental ter um olhar mais crítico e considerar as peculiaridades dessa categoria em crescimento.

Antes de fechar qualquer negócio, avalie o cenário atual, consulte múltiplas fontes e, se possível, busque orientação de especialistas no setor.

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