Por AutoPress

publicado em Ônibus

Sustentabilidade virou palavrinha da moda no marquetês da indústria. Principalmente na automotiva, apontada como parte do problema. Exatamente por isso, buscar soluções ambientais no setor se tornou algo vital. Quando a Volvo apresentou o Hibribus, no ano passado, durante a Rio+20, o modelo foi apontado como importante resposta no aspecto “mobilidade verde”. A fabricante sueca, no entanto, projeta para menos de dez anos, a introdução do que chama de “eletromobilidade urbana”. Tanto que, já em 2014, a produção de ônibus com motores diesel será descontinuada na Europa para dar lugar aos híbridos, híbridos plug-in e elétricos.

A apresentação dos primeiros modelos híbridos, na Suécia, ocorreu em 2010, dois anos antes da chegada ao Brasil. A evolução até a “eletromobilidade” tem projetadas ainda três etapas. Para 2014, a Volvo planeja lançar o primeiro híbrido articulado. Uma unidade de testes, com capacidade para 154 passageiros, já circula pela cidade sueca de Gotemburgo, onde está a sede da empresa. Em 2015, é esperado o híbrido plug-in, que poderá percorrer distâncias maiores apenas com o motor elétrico. A autonomia deverá ser de, em média, 7 km, a uma velocidade de até 60 km/h, com recarga feita em 10 minutos. Isso permitiria o uso em trajeto curtos com zero de consumo de combustível e de emissões de poluentes.

Já em 2017, a Volvo espera introduzir os ônibus 100% elétricos. As projeções não incluem o Brasil, mas para o engenheiro de vendas da Volvo Buses Latin America, Fabio Lorençon, o país não deve esperar tanto. “A defasagem do ônibus híbrido entre Europa e Brasil foi de dois anos. Se as políticas nacionais do setor acompanharem essa evolução, o intervalo poderá ser o mesmo”, projeta Fábio.

Por enquanto, concreto, no Brasil, apenas o Hibribus. O ônibus combina um motor diesel e um elétrico, que funcionam isolada ou simultaneamente – sistema chamado de híbrido paralelo. O propulsor elétrico tem o mesmo torque do a combustão – 81,5 kgfm. Quando o veículo para – nos pontos, semáforos ou congestionamentos –, o bloco “convencional” é desligado e o elétrico mantém em funcionamento os sistemas auxiliares, como as luzes, o ar-condicionado e os letreiros. A partida é dada exclusivamente com o motor elétrico, que continua em funcionamento até o ônibus atingir aproximadamente 20 km/h.

Segundo a Volvo, a tecnologia proporciona uma redução de 35% no consumo de combustível. Isso, porque de 30% a 40% do uso do ônibus é feito em condições nas quais o motor elétrico atua sozinho. O resultado nas emissões de poluentes também são expressivos. O Hibribus emite até 90% menos substâncias nocivas ao ambiente que os equipados com motor Euro 3 e até 50% menos que os propulsores Euro 5. A poluição sonora também é reduzida, já que o sistema elétrico não emite ruídos.

A Volvo já tem mais de mil ônibus híbridos em circulação no mundo. Só em Londres já são 450 unidades. Há ainda modelos em atividade na Alemanha, Suécia, na China e nos Estados Unidos. Na América Latina são 38 unidades do Hibribus – oito no México e 30 no Brasil. Toda a frota híbrida nacional está em Curitiba. Até 2015, no entanto, a fabricante espera ter a tecnologia inserida em todas as principais cidades do país.

Primeiras impressões

Curitiba/PR - O teste do Volvo Hibribus foi dividido em duas etapas. A primeira, ao volante, por um curto trajeto em uma pista dentro da própria fábrica da marca, na capital paranaense. A segunda, pelas ruas curitibanas, como passageiro de uma unidade da linha que cobre o Centro da cidade. Dirigir pela um ônibus híbrido é uma experiência curiosa. A ausência do estrondoso ronco do motor diesel causa enorme estranheza. O Hibribus ligado, enquanto parado, não emite qualquer ruído. Ao tocar o acelerador, um leve som que lembra o de carrinhos de fricção, contrasta com a força com que o propulsor elétrico move as 12 toneladas do ônibus. Além de não poluir o ar, evita a poluição sonora.

O propulsor elétrico funciona sozinho até os 20 km/h. Mas dependendo da pressão no acelerador, pode chegar aos 30 km/h. Quando o motor diesel entra em ação, um indicador luminoso se acende no painel de instrumentos. A bateria que alimenta o motor elétrico é carregada durante as frenagens e um monitor mostra o nível de carga e indica também a eficiência da frenagem. Quanto mais suave e prolongada, mais energia é regenerada. Quando a experiência passa para o lado mais comum – o do passageiro –, é também o silêncio o que mais chama a atenção. E mesmo quando o Hibribus é movido pelo propulsor diesel, pouco ruído se ouve dentro do habitáculo.


Autor: Michael Figueredo (Auto Press)
Fotos: Divulgação

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