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Experiência é o que não falta a Fiat no segmento de picapes compactas. A marca italiana domina o setor há 14 anos com a Strada. Em 2013, o modelo emplacou mais de 10.200 unidades mensais e terminou o ano com quase 50% de participação no setor. Muito à frente de Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana, que venderam em média 6 mil e 3.900 veículos mensais, na ordem. A Ford pulou fora do segmento no começo do ano passado, quando parou de fazer a Courier, e a Peugeot mantém a Hoggar na vitrine por pura teimosia – vendeu menos que 750 unidades no ano passado inteiro. No final de 2013, a fabricante italiana deu uma nova cartada. Além do pequeno face-lift, a grande atração da nova Strada cabine dupla é a terceira porta reversa para facilitar a entrada de ocupantes traseiros. Na versão Trekking é a única configuração disponível.

A versão Trekking é a intermediária na gama da Strada. Ela custa R$ 49.380 e fica 10% abaixo da “top” Adventure. Por esse valor, a Strada vem com itens como faróis de neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura, além de ar-condicionado, vidros e travas elétrico e direção hidráulica. Os opcionais são o sistema de bloqueio do diferencial Locker e perfumarias como chave canivete, capota marítima, ajuste de altura do banco do motorista, retrovisores externos elétricos, rodas de liga leve, rádio/CD com Bluetooth e volante multifuncional em couro, que acrescem o valor em R$ 5 mil. Como intermediária, a Trekking tem motor 1.6 litro de 115/117 cv, com torque de 16,2/16,8 kgfm, com gasolina/etanol. A básica Working tem propulsor 1.4 enquanto a Adventure tem 1.8. 

O conceito da porta “extra” demandou um quebra-cabeça dos engenheiros da Fiat em não comprometer a rigidez da carroceria. Por outro lado, a retirada da coluna permitiu um ganho de espaço ao banco traseiro. Já o cinto de segurança do carona agora fica ancorado à terceira porta. A Fiat até convocou um recall para substituir os parafusos de fixação da haste, que no projeto era de 38 mm, mas foram montados com outro, de 33 mm. Com o terceiro acesso vieram outras mudanças. A caçamba cresceu oito centímetros em altura. Em relação ao modelo anterior houve um incremento de quase 18% no volume de carga. Na versões de cabine dupla são 100 litros a mais – para um total de 680 litros. A Fiat também aproveitou e mudou sutilmente o visual da Strada. Destaque para a traseira que ganhou lanternas horizontalizadas, que invadem a lateral.

Visão geral da Nova Strada Trecking

Impressões ao dirigir

Definitivamente, o que chama atenção na nova Strada é a presença da terceira porta. Não é difícil notar dedos apontados para o carro nas ruas, ainda mais com a propaganda massiva na televisão. Na prática, a solução é interessante para o uso dos bancos traseiros. Para abri-la, é obrigatório que a porta do carona também esteja aberta. Até porque a maçaneta, no perfil da porta, só fica acessível nesta situação. Com ela totalmente aberta, o ângulo é satisfatório para a entrada de um ocupante, mas a “transferência” do cinto de segurança dianteiro para trás atrapalha um pouco. Dentro, pessoas de até 1,75 metro não passam apertos e desfrutam de certa comodidade. Já ocupantes mais altos, com pernas longas ou mais corpulentos, podem se sentir desconfortável. Cinco passageiros ali é impensável – só há, inclusive, dois cintos de segurança no banco traseiro.

Em movimento, o motor 1.6 16V não entrega grande desempenho antes dos 3 mil giros. Um dos motivos é que o torque máximo de 16,8 kgfm só aparece em 4.500 giros e não há boa dose de força antes disso. É preciso paciência para atingir giros altos. Ao menos, quando se chega na faixa mais eficiente do propulsor, a dinâmica é satisfatória. Tanto é que o zero a 100 km/h é cumprido em menos de 10 segundos. Uma marca quase esportiva. No que é contradito pelos engates do câmbio manual, pouco precisos, mas com escalonamento correto.

Interior da Nova Strada Trecking

Ficha técnica

Fiat Strada Trekking CD 1.6 16V

MotorA gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico
TransmissãoCâmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira
Potência máxima115 e 117 cv a 5.500 rpm com gasolina e etanol
Aceleração de 0 a 100 km/h9,7 segundos
Velocidade máxima178 km/h
Torque máximo16,2 e 16,8 kgfm a 4.500 rpm com gasolina e etanol
Diâmetro e curso 77,0 mm X 85,8 mm
Taxa de compressão10,5:1
SuspensãoDianteira do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes inferiores e barra estabilizadora. Traseira com eixo rígido, com molas helicoidais
Pneus175/70 R14
FreiosDiscos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS de série
CarroceriaPicape em monobloco com três portas e quatro lugares. Com 4,44 metros de comprimento, 1,66 m de largura, 1,58 m de altura  e 2,71 m de distância entre-eixos
Peso1.216 kg com 650 kg de capacidade de carga
Capacidade da caçamba680 litros
Tanque de combustível58 litros
ProduçãoBetim, Minas Gerais
Itens de sérieBarras longitudinais no teto, computador de bordo, conta-giros, protetor de caçamba, freios ABS, airbag duplo, brake-light, direção hidráulica, faróis de neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas elétricas e volante com regulagem de altura
PreçoR$ 49.380
OpcionaisSistema Locker, banco do motorista com regulagem de altura, capota marítima, chave canivete, volante em couro multifuncional, rodas de liga-leve de 14 polegadas e rádio com CD/MP3/WMA integrado ao painel com RDS, Bluetooth e entrada USB
Preço completoR$ 54.380

Autor: Raphael Panaro (Auto Press)
Fotos: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias