Era 1992 o mercado automotivo brasileiro vivia em concorrência com os sofisticados modelos importados que acharam o caminho das praças brasileiras e não paravam de desembarcar e “encantar” o consumidor. Era nesse contexto que o Omega precisava fazer sucesso. E ele não decepcionou. Foi concebido com um conjunto muito bem estruturado de equipamentos modernos, boa tecnologia e os aparatos necessários para garantir um bom desempenho.
Foi em setembro de 1992 que o Omega foi lançado enquanto sedã, com objetivos comerciais bem definidos pela General Motors do Brasil.
Para encantar os clientes, a GM apresentou, de cara, todas as três versões: GLS 2.0, de 116 cv de potência, com câmbio manual de cinco marchas, CD 3.0, de 165 cv, com o mesmo tipo de transmissão e a CD 3.0 automática (quatro marchas).
GLS 2.0
Entre os críticos, essa versão causou boas surpresas. Em alguns testes, o modelo chegou a marcar 190,270 km/h. Como ocorria tal façanha? É que a versão trazia nada mais nada menos que um OHC Família II. Para ser utilizado no Omega, esse motor passou por mudanças na montagem, especialmente do ponto de vista longitudinal.
Mas a crítica automotiva não se surpreendeu apenas com a mecânica do Omega. O possante também garantiu uma aerodinâmica muito bem planejada que tinha muita influência sobre o desempenho final. Um dos destaques mais comentados no período de lançamento foi a suspensão traseira independente. Mas, uma série de fatores favorecia o modelo: vidros ao redor das molduras das portas, frente em cunha, mínimas folgas entre as peças da carroceria, spoiler integrados aos pára-choques. O pára-brisa e a vigia traseira eram colados aos painéis metálicos externos. As colunas arredondadas, as maçanetas não projetantes, as aberturas de pára-lamas traseiros rebaixadas e limpadores de pára-brisas escondidos sob o capô encantavam o consumidor. E não parava por aí: de acordo com críticos que testaram o modelo no período de lançamento, ele possuía uma gama de outros acessórios que garantiam um coeficiente aerodinâmico (Cx) baixíssimo. Em alguns testes foi calculado apenas 0,30. Um percentual 6% mais eficiente que a concorrência apresentava.
Com 4,74 m de comprimento, o sedã impressionava e garantia muitos olhares interessados. Só perdia por 6 centímetros para o Diplomata. A concorrência naquele período, protagonizada por modelos como o Santana/Versailles, Monza e Tempra não tinha muita vantagem. O Omega conseguia ultrapassar, em alguns casos, até mesmo 17 cm de maior comprimento. No caso de ser comparado com o Monza, ultrapassava 37. Na comparação com o Tempra ficava 38,5 cm mais longo.
O porta-malas, com capacidade para 520 litros e a distância entreeixos, de 2,73 m também chamavam bastante atenção.
Em 1992, com o título de Carro do Ano, o Omega mostrava um exemplar conjunto de suspensão, sistema de freios e transmissão automática.
Motor
- Cilindrada: 2198 cm³
- Potência: 116 cv a 5200 rpm
- Combustível: Gasolina
- Torque: 20,1 kgfm a 2800 rpm
- Peso/potência: 12,16 kg/cv
- Torque específico: 9,14 kgfm/litro
- Peso/torque: 70,15 kg/kgfm
- Potência específica: 52,78 cv/litro
Transmissão
- Tração: Dianteira
- Câmbio: Manual de 5 marchas
Dimensões
- Comprimento: 4750 mm
- Largura:1720 mm
- Entre-eixos: 2740 mm
- Altura: 1520 mm
- Porta-malas: 492 litros
- Tanque de combustível: 70 litros
- Peso: 1410 kg
Desempenho
- Velocidade máxima: 177,6 km/h
- Aceleração: 0-100 km/h -13,06 s
Consumo
- Urbano:8,25 km/l
- Rodoviário:11,68 km/l
CD 3.0
Mais rigidez na estrutura e, por conseguinte, um maior peso. As suspensões, a traseiras e os freios também foram aprimorados.
Naquele período, os avaliadores automotivos a General Motors ponderaram que a montadora havia feito boas mudanças.
Motor
- Cilindrada: 2969 cm³
- Potência: 165 cv a 5800 rpm
- Combustível: Gasolina
- Torque:23,4 kgfm a 4200 rpm
- Peso/potência: 9,14 kg/cv
- Torque específico: 7,88 kgfm/litro
- Peso/torque: 64,44 kg/kgfm
- Potência específica:55,57 cv/litro
Transmissão
- Tração Traseira
- Câmbio: Manual de 5 marchas
Dimensões
- Porta-malas: 452 litros
- Tanque de combustível: 70 litros
- Peso: 1508 kg
Desempenho
- Velocidade máxima: 204,5 km/h
- Aceleração: 0-100 km/h - 10,16 s
Consumo
- Urbano: 6,76 km/l
- Rodoviário:9,95 km/l
Comerciais
Comercial do Chevrolet Omega - 1992:
Comercial do Chevrolet Omega - 1999:
Suprema
Em 1993, a GM apostou nas mudanças e apresentou a perua Suprema. Lançada pelo valor médio de R$ 16.000, ela tinha um formato caixote na parte traseira e, por conta disso, também ficou conhecida por rabecão.
Os brasileiros tomaram um verdadeiro susto quando conheceram a irmã do Omega. Chamada de station-wagon, a Suprema marcou época. Um porta-malas de 540 litros, 960 até o teto (1850 com o banco rebatido). A possante ainda contava com nivelamento na traseira e pneumático por meio de bomba auxiliar automático.
Até motor a álcool foi disponibilizado na perua, que contava com 2 litros e quatro cilindros e oito válvulas. A potência da pequena notável: 130 cavalos. Em alguns testes, chegou a 200km/h.
Para muitos brasileiros que não tiveram condições de emplacar uma Toyota Fielder ou Peugeot 407 SW, a opção da Suprema era bem recomendada.
Com o lançamento do motor 2.2, 116 cavalos, torque de 20,1 mkgf (mais potentes que os antecessores 17,3 mkgf) em 1995 houve um pequeno retrocesso. A versão CD, terminou por adotar o antigo 4.1 do Opala, também conhecido como Powertech.
Em função dessa mudança, a Suprema tornou-se mais potente em termos de desempenho, até por conta dos 168 cavalos. Por outro lado, ampliou consideravelmente o consumo de combustível, com uma média de 6 km/l. O que muitos clientes comemoraram no período foi a facilidade para garantir a manutenção. Esses custos ficaram mais em conta porque o modelo permitia a instalação do kit de gás natural. Essa possibilidade foi conquistada porque esse tipo de motor contava com um torque e porta-malas de sobra.
Vendas em queda
Todos esses atrativos não foram suficientes para garantir um bom nível de vendas para o Omega. Em 1996, a versão Suprema foi retirada de linha no mês de agosto. Em 1998 o sedã também deixa de ser vendido após cerca de 95.000 emplacamentos no país. Apesar dessa crise e declínio, o modelo sempre foi bem avaliado pelos brasileiros. Mesmo com preços um pouco mais elevados que os praticados na Europa, a aceitação era considerada satisfatória.
Para alguns especialistas, o que explica essa queda repentina foi a competição e forte oferta de modelos importados. Mesmo depois de todos esses anos, não é raro observar alguns “valentes” rodando em nossas praças com motoristas saudosos dos tempos áureos do modelo.
Com a saída do Omega, a General Motors do Brasil decide importar o Holden Commodore da Austrália para vendê-lo no país como Chevrolet Omega.
O lote inicial do novo modelo foi estimado em 600 unidades. Para atrair a atenção do público a montadora apostou em uma ótima estratégia de marketing: utilizou o nome do piloto Fittipaldi. Foi essa figura de “peso pesado” quem apresentou o modelo que contava com motor V6 3.6, injeção direta de gasolina, motor com ajuste para funcionar com 25% de álcool. Também foi garantida uma versão flex.
E essa versão chegou! O novo Chevrolet Omega Fittipaldi 2012 conta com um motor 3.6 V6 Flex, de 292 cv de potência. Para os fanáticos por opcionais temos uma boa notícia: a lista é bem extensa! Ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, trio-elétrico, computador de bordo, rodas de liga leve aro 17″, faróis de neblina e muitos outros itens podem ser solicitados na hora da compra. E por falar em compra, o modelo está variando entre R$ 128.600,00 para a versão básica.
Achou o preço salgado? Para os admiradores do carro, o custo-benefício ainda está valendo muito! Uma das novidades bastante comentada é a câmera instalada na traseira do veículo, que auxilia o motorista a estacionar através de imagens ou diagramas mostrados no display LCD touchscreen. Um verdadeiro luxo!
Quer conferir um pouco mais e ver o modelo na tela? Acesse o vídeo abaixo:
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