Chevrolet OmegaSua função inicial: substituir um modelo que foi líder de vendas durante quase 24 anos. Sim, essa difícil e desafiadora tarefa foi colocada para o Chevrolet Omega. Seu antecessor? O imponente Opala.

Era 1992 o mercado automotivo brasileiro vivia em concorrência com os sofisticados modelos importados que acharam o caminho das praças brasileiras e não paravam de desembarcar e “encantar” o consumidor. Era nesse contexto que o Omega precisava fazer sucesso. E ele não decepcionou. Foi concebido com um conjunto muito bem estruturado de equipamentos modernos, boa tecnologia e os aparatos necessários para garantir um bom desempenho.

Foi em setembro de 1992 que o Omega foi lançado enquanto sedã, com objetivos comerciais bem definidos pela General Motors do Brasil.

Para encantar os clientes, a GM apresentou, de cara, todas as três versões: GLS 2.0, de 116 cv de potência, com câmbio manual de cinco marchas, CD 3.0, de 165 cv, com o mesmo tipo de transmissão e a CD 3.0 automática (quatro marchas).

GLS 2.0

Entre os críticos, essa versão causou boas surpresas. Em alguns testes, o modelo chegou a marcar 190,270 km/h. Como ocorria tal façanha? É que a versão trazia nada mais nada menos que um OHC Família II. Para ser utilizado no Omega, esse motor passou por mudanças na montagem, especialmente do ponto de vista longitudinal.

Chevrolet OmegaEle foi usado com 4-cilindros em carros como o Monza MPFI e o Kadett GS e já garantia bons resultados, mesmo sendo carros menores e mais leves. No Omega ele foi projetado para contar com 6-cilindros de três litros. O produto foi importado diretamente da Alemanha. Os resultados dessa ousadia? Uma grande preocupação na concorrência assim que soube dos resultados dos testes: 213,420 km/h com o automático e 222,066 km/h com o manual de cinco marchas.

Mas a crítica automotiva não se surpreendeu apenas com a mecânica do Omega. O possante também garantiu uma aerodinâmica muito bem planejada que tinha muita influência sobre o desempenho final. Um dos destaques mais comentados no período de lançamento foi a suspensão traseira independente. Mas, uma série de fatores favorecia o modelo: vidros ao redor das molduras das portas, frente em cunha, mínimas folgas entre as peças da carroceria, spoiler integrados aos pára-choques. O pára-brisa e a vigia traseira eram colados aos painéis metálicos externos. As colunas arredondadas, as maçanetas não projetantes, as aberturas de pára-lamas traseiros rebaixadas e limpadores de pára-brisas escondidos sob o capô encantavam o consumidor. E não parava por aí: de acordo com críticos que testaram o modelo no período de lançamento, ele possuía uma gama de outros acessórios que garantiam um coeficiente aerodinâmico (Cx) baixíssimo. Em alguns testes foi calculado apenas 0,30. Um percentual 6% mais eficiente que a concorrência apresentava.

Com 4,74 m de comprimento, o sedã impressionava e garantia muitos olhares interessados. Só perdia por 6 centímetros para o Diplomata. A concorrência naquele período, protagonizada por modelos como o Santana/Versailles, Monza e Tempra não tinha muita vantagem. O Omega conseguia ultrapassar, em alguns casos, até mesmo 17 cm de maior comprimento. No caso de ser comparado com o Monza, ultrapassava 37. Na comparação com o Tempra ficava 38,5 cm mais longo.

O porta-malas, com capacidade para 520 litros e a distância entreeixos, de 2,73 m também chamavam bastante atenção.

Em 1992, com o título de Carro do Ano, o Omega mostrava um exemplar conjunto de suspensão, sistema de freios e transmissão automática.

Motor

  • Cilindrada: 2198 cm³
  • Potência: 116 cv a 5200 rpm
  • Combustível: Gasolina
  • Torque: 20,1 kgfm a 2800 rpm
  • Peso/potência: 12,16 kg/cv
  • Torque específico: 9,14 kgfm/litro
  • Peso/torque: 70,15 kg/kgfm
  • Potência específica: 52,78 cv/litro

Transmissão

  • Tração: Dianteira
  • Câmbio: Manual de 5 marchas

Dimensões

  • Comprimento: 4750 mm
  • Largura:1720 mm
  • Entre-eixos: 2740 mm
  • Altura: 1520 mm
  • Porta-malas: 492 litros
  • Tanque de combustível: 70 litros
  • Peso: 1410 kg

Desempenho

  • Velocidade máxima: 177,6 km/h
  • Aceleração: 0-100 km/h -13,06 s

Consumo

  • Urbano:8,25 km/l
  • Rodoviário:11,68 km/l

CD 3.0

Chevrolet Omega CDCinco marchas, câmbio automático e uma garantia de 120 Km/h. Em relação a versão anterior, o motorista também tinha a opção de ativar mudanças manuais, sem necessidade de comandos junto ao volante. Isso era possível porque a versão era dotada de uma alavança seletora.

Mais rigidez na estrutura e, por conseguinte, um maior peso. As suspensões, a traseiras e os freios também foram aprimorados.

Naquele período, os avaliadores automotivos a General Motors ponderaram que a montadora havia feito boas mudanças.

Motor

  • Cilindrada: 2969 cm³
  • Potência: 165 cv a 5800 rpm
  • Combustível: Gasolina
  • Torque:23,4 kgfm a 4200 rpm
  • Peso/potência: 9,14 kg/cv
  • Torque específico: 7,88 kgfm/litro
  • Peso/torque: 64,44 kg/kgfm
  • Potência específica:55,57 cv/litro

Transmissão

  • Tração Traseira
  • Câmbio: Manual de 5 marchas

Dimensões

  • Porta-malas: 452 litros
  • Tanque de combustível: 70 litros
  • Peso: 1508 kg

Desempenho

  • Velocidade máxima: 204,5 km/h
  • Aceleração: 0-100 km/h - 10,16 s

Consumo

  • Urbano: 6,76 km/l
  • Rodoviário:9,95 km/l

Comerciais

Comercial do Chevrolet Omega - 1992:

Comercial do Chevrolet Omega - 1999:

Suprema

Chevrolet Suprema

Em 1993, a GM apostou nas mudanças e apresentou a perua Suprema. Lançada pelo valor médio de R$ 16.000, ela tinha um formato caixote na parte traseira e, por conta disso, também ficou conhecida por rabecão.

Os brasileiros tomaram um verdadeiro susto quando conheceram a irmã do Omega. Chamada de station-wagon, a Suprema marcou época. Um porta-malas de 540 litros, 960 até o teto (1850 com o banco rebatido). A possante ainda contava com nivelamento na traseira e pneumático por meio de bomba auxiliar automático.

Até motor a álcool foi disponibilizado na perua, que contava com 2 litros e quatro cilindros e oito válvulas. A potência da pequena notável: 130 cavalos. Em alguns testes, chegou a 200km/h.

Para muitos brasileiros que não tiveram condições de emplacar uma Toyota Fielder ou Peugeot 407 SW, a opção da Suprema era bem recomendada.

Chevrolet SupremaInicialmente foi vendida na opção básica GL, com direção hidráulica. Posteriormente, o modelo GLS surgia com rodas de liga, encostos traseiros, pára-choques na cor do veículo. Os mais ousados e interessados em sofisticação apostavam na versão CD, que também permitia trio elétrico. Ar-condicionado, freios ABS, computador de bordo, rodas exclusivas e faróis de neblina eram outros atributos da possante.

Com o lançamento do motor 2.2, 116 cavalos, torque de 20,1 mkgf (mais potentes que os antecessores 17,3 mkgf) em 1995 houve um pequeno retrocesso. A versão CD, terminou por adotar o antigo 4.1 do Opala, também conhecido como Powertech.

Em função dessa mudança, a Suprema tornou-se mais potente em termos de desempenho, até por conta dos 168 cavalos. Por outro lado, ampliou consideravelmente o consumo de combustível, com uma média de 6 km/l. O que muitos clientes comemoraram no período foi a facilidade para garantir a manutenção. Esses custos ficaram mais em conta porque o modelo permitia a instalação do kit de gás natural. Essa possibilidade foi conquistada porque esse tipo de motor contava com um torque e porta-malas de sobra.

Vendas em queda

Todos esses atrativos não foram suficientes para garantir um bom nível de vendas para o Omega. Em 1996, a versão Suprema foi retirada de linha no mês de agosto. Em 1998 o sedã também deixa de ser vendido após cerca de 95.000 emplacamentos no país. Apesar dessa crise e declínio, o modelo sempre foi bem avaliado pelos brasileiros. Mesmo com preços um pouco mais elevados que os praticados na Europa, a aceitação era considerada satisfatória.

Para alguns especialistas, o que explica essa queda repentina foi a competição e forte oferta de modelos importados. Mesmo depois de todos esses anos, não é raro observar alguns “valentes” rodando em nossas praças com motoristas saudosos dos tempos áureos do modelo.

Com a saída do Omega, a General Motors do Brasil decide importar o Holden Commodore da Austrália para vendê-lo no país como Chevrolet Omega.

O lote inicial do novo modelo foi estimado em 600 unidades. Para atrair a atenção do público a montadora apostou em uma ótima estratégia de marketing: utilizou o nome do piloto Fittipaldi. Foi essa figura de “peso pesado” quem apresentou o modelo que contava com motor V6 3.6, injeção direta de gasolina, motor com ajuste para funcionar com 25% de álcool. Também foi garantida uma versão flex.

E essa versão chegou! O novo Chevrolet Omega Fittipaldi 2012 conta com um motor 3.6 V6 Flex, de 292 cv de potência. Para os fanáticos por opcionais temos uma boa notícia: a lista é bem extensa! Ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, trio-elétrico, computador de bordo, rodas de liga leve aro 17″, faróis de neblina e muitos outros itens podem ser solicitados na hora da compra. E por falar em compra, o modelo está variando entre R$ 128.600,00 para a versão básica.

Achou o preço salgado? Para os admiradores do carro, o custo-benefício ainda está valendo muito! Uma das novidades bastante comentada é a câmera instalada na traseira do veículo, que auxilia o motorista a estacionar através de imagens ou diagramas mostrados no display LCD touchscreen. Um verdadeiro luxo!

Quer conferir um pouco mais e ver o modelo na tela? Acesse o vídeo abaixo: