Lembrança esta que arrastou por muitos anos, até 1989 quando passou por re-estilização para acompanhar a nova série 20 de picapes, sendo então oferecida opções 4 e 6 cilindros em linha, movidos a gasolina, diesel ou álcool. Até hoje a Veraneio é reconhecida como uma das melhores de sua categoria, pelo seu espaço, durabilidade, capacidade de carga e conforto, se constituindo assim um clássico automobilístico. Mais do que isso, esse utilitário esportivo também carrega a história de tempos nada fáceis de nosso país, e sua própria estrutura robusta chega a parecer um sinônimo dos tempos pesados que participou durante a ditadura.
Porque a Veraneio
Entre os atributos destacados da Veraneio estão o conforto, que mesmo nos dias atuais poucos competem com ela, além da suavidade do cambio macio e certeiro, o que era proporcionado seu longo curso. Tanta vantagem fazia com que a saudosa Veraneio ficasse bem à frente de sua concorrente contemporânea Rural Willys. A primeira versão da primeira SUV brasileira teve seu fim em 1980, quando passou por atualização no design, agora com linhas retas e mais tecnologia, o que era percebido no painel modernizado e na versão superior, que oferecia itens como vidros e travas elétricas, rodas de alumínio, direção eletrônica. Realmente um automóvel à frente do seu tempo, se considerarmos que tal tipo direção só em 2001 estaria presente no Chevrolet Ômega.
Mesmo a Veraneio sendo um veículo pesado ele conseguia realizar seu trabalho policial de perseguição devido ao confiável e potente motor de 6 cilindros. Com sua suspensão super macia o carro inclinava a qualquer alteração da movimentação para direita ou esquerda. Todo aquele peso trazia consigo o rastro de uma grande vassoura limpando as ruas com os ventos que deslizavam de sua traseira. Mas quem teve a oportunidade de assistir o motorista conduzindo ou mesmo teve a oportunidade de conduzir uma Veraneio nunca esquecerá todo o esforço físico e habilidade exigidas para realizar as manobras, que demandam cerca de 6 voltas de um batente ao outro e que exigem rapidez e raciocínio rápido tal que quase se pode arriscar em dizer da necessidade de um preparo específico só para conduzir a saudosa Veraneio. Uma vez concluída a manobra, é necessário somente soltar o volante que o veículo de mais de 5 metros e 02 de largura retorna ao prumo, algo realmente impressionante ver a movimentação do utilitário.
Por mais que a exatidão e leveza do câmbio da Veraneio fosse tão avançado como os SUV de hoje, registra um pouco de lentidão devido ao longo percurso para a troca das três marchas adiante. Talvez por isso a Veraneio fosse principalmente mais procurada para passeios que reunissem a família, o que era muito cômodo na confortável e espaçosa Veraneio com suas bagagens, Considerando esses pontos favoráveis a Veraneio era considerada superior a sua concorrente contemporânea, a Rural Willys.
Origens
Versão brasileira da Chevrolet Suburban norte americana, a Veraneio nasceu em 1964, inicialmente denominada C-1416 e após 1969 recebendo o nome que até hoje conhecemos. Tal veículo, mesmo que inspirado em modelos americanos nascia para atender a uma demanda específica do Brasil, que até então não contava com um automóvel de seu porte, que transportasse até 09 pessoas e apresentasse 4 portas, constituindo-se o único veículo desse nível fabricado no país.
É importante lembrar que a precursora desse sucesso veicular que ativamente atuou durante a ditadura foi a Chevrolet Amazona em 1959, qual passou por re-estilização em 1962 e finalmente em 1964 deu lugar a sua sucessora, a então batizada Veraneio.
Mas não parou por aí,em 1962 mais novidade aparecia par a alegria dos apaixonados pelos recén lançados SUV dos anos 60, foi quando da exposição no Salão do Automóvel em 1964 que se anunciou a chegada da mais nova sensação dentre os utilitários esportivos, que inicialmente foi chamada de C-1416, e logo renomeada para Veraneio. Essa beldade, inpirada na picape apresentada no mesmo evento, desfilava com remodelação das linhas, molas helicoidais em ambas suspensões com suspensão dianteira autônoma, e para maximizar o conforto registrava o acréscimo de uma porta, somando quatro, mas a porta traseira que agora era composta pela parte envidraçada.
Nova fase chega aos recentes utilitários esportivos brasileiros, releituras e modernização dos modelos, através da substituição dos picapes da série 10 pelas da série 20, incluindo nesse movimento a Veraneio, que em 1989 passou a contar com linhas retas, direção assistida, ar-condicionado e moderno painel. Nessa mesma época a GM lança a Bonanza que apresentava um utilitário mais versátil, que não obstante fosse do mesmo fornecedor de carrocerias, a Brasinca, contava com 2,59 metros para competir com a Veraneio, que em contrapartida media 3,23 metros. O modelo repensado tinha além de motor de seis cilindros de 4,1 litros e 140 cv a álcool do Opala, sendo apresentada com o MaxionDiesel de quatro cilindros e 4,0 litros, em versões turbo de 120 cv e aspirado de 92cv e com aumento da capacidade de passageiros, incluindo mais uma fila, a terceira, suportando, assim, acomodar até nove pessoas.
Existia ainda, a opção do modelo Deluxe, no qual era possível optar por vidros e travas, bem como rodas de alumínio e direção supervisionada eletrônica Servotronic, um luxo que só seria em outros carros da Chevrolet 10 anos adiante. Em 1998 esse fabricante tentou dar continuidade à linha Vernaeio, lançando a Grand Blazer, originada do picape Silverado entretanto sem sucesso, devido a crise econômica de 98, qual elevou os preços dos veículos, somando a isso a busca do mercado por utilitários menores, quebrando uma tendência que persistia desde a década de 60.
Esse famoso SUV nascido nos anos 60, foi fabricada em sua versão original até o final dos anos 80, sobrevivendo quase 25 anos sem modificações de design, contudo, passando por melhoras na parte mecânica, como potência do motor, servofreio, freios a disco e a novidade da direção hidráulica. Para responder às evoluções das picapes, é fabricada a última unidade de Veraneio dando lugar à evolução das picapes, que paralelamente constantemente se modernizava para atender a demanda nacional por cada vez mais modernos utilitários esportivos.
Modelos de Veraneio
Os modelos fabricados entre 1964 a 1971 ainda eram denominada C-1416, contavam com capô baixo e os quatros faróis, um de cada lado da grade cromada do radiador.
A partir de 1972, já denominada Veraneio, mas com apenas dois faróis na mesma posição e com o mesmo capô baixo.
Nos modelos dos anos 80, que começaram a ser produzidas em 1979, a frente do veículo já não contava com capô baixo, dando lugar ao capô alto, sendo a grade do radiador agora de plástico. Também deixou de lado o painel de metal, para dar lugar ao emborrachado. Ambos os tipos de painéis são bonitos e de ótimo acabamento, porém o novo tipo de painel era mais moderno e ainda mais bonito. No caso da grade, geralmente quando o veículo tinha motor diesel Perkins Q20B a trepidação da vibração gerava defeitos na grade, o que não acontece quando a Veraneio não utiliza o motor diesel. O dano ao plástico nada tem a ver com a qualidade do material plástico da grade e sim ao fato da dianteira tremer muito com o motor a diesel.
Lembrando que é comum as pessoas fazerem alterações por conta própria nos veículos, e o mesmo acontece e acontecia com a Veraneio, seja trocando os capôs alto pelo baixo e vice-versa, o mesmo ocorrendo com as grades de plástico pela de metal pela sua resistência, mas também pode ocorrer o contrário. A maneira mais certeira de identificar o modelo da Veraneio é observar o painel, já que os emborrachados significam modelos do final de 1979 até o final de 1988, já o painel com material de metal mostra que se trata de modelos dos primeiros anos de produção do veículo, que ocorreu entre 1964 a 1979.
Com tantas dicas e orientações sobre como identificar a Veraneio, você poderá fazer a melhor transação e garantir o valor real de mercado para o possante que deseja adquirir ou vender. Mas lembre-se quando você fala de Chevrolet Veraneio, está falando de história, então valorize a história que seu veículo carrega.
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