No final da Segunda Guerra Mundial, muitas empresas que estavam localizadas dentro dos países que estavam envolvidos, ou que estavam próximos aos que estavam diretamente envolvidos, acabaram mudando de ramo. Os motivos eram os mais diversos, mas a maioria delas se concentravam em dois destes motivos: ou a empresa conseguia vislumbrar um negócio novo ou o negócio antigo não é mais rentável.
O primeiro motivo foi o que levou a empresa Hans Glas GmbH a largar os negócios relacionados aos implementos agrícolas e partir para um segundo negócio, que era a fabricação de automóveis. A Alemanha estava com a economia destruída ao final da Segunda Grande Guerra, sendo que a população estava precisando de soluções mais baratas em praticamente todos os setores da economia, inclusive no automotivo. A empresa justamente vislumbrou a possibilidade de fabricar alguns carros que fossem menores e também gastassem menos do que os veículos que estavam sendo vendidos no continente naquela época.
Neste momento, o negócio da empresa começou a prosperar especialmente com o início da venda das motonetas Goggo Roller e os microcarros Goggomobil. Com o empo, naqueles anos que se seguiram depois do fim da Segunda Guerra, a empresa começou a conseguir realmente um bom espaço no mercado automotivo.
Acabou sendo reconhecida como sendo uma das marcas mais famosas no segmento de soluções mais simples e compactas. Com este sucesso todo que se segui, seria natural que a empresa tentasse realmente ampliar seus negócios, e foi exatamente o que aconteceu. No decorrer da década de 60 a empresa partiu então para o segmento de veículos médios, no qual ainda não tinha muita experiência, mas estava amparada pela boa fama que criou no segmento de carros menores e mais leves.
Um dos primeiros modelos que foi lançado no segmento de médio foi o 1004, que chegou ao mercado tanto na versão cupê, quanto na versão sedan e também na versão conversível. Todos os carros apresentavam o mesmo sistema, com motor na parte da frente do carro e tração traseira. Partindo destes lançamentos, a montadora apostou realmente em um novo modelo que serviria para impressionar imprensa e convidados durante o Salão do Automóvel em 1963.
Surgimento do Glas 1300 GT
O Glas 1300 GT surgiu pela primeira vez na produção no ano de 1964, sendo que já na ocasião do lançamento a empresa resolveu colocar duas versões do mesmo carro no mercado. Na primeira chegou como um cupê 2+2 e na segunda versão que chegou ao mercado seria um conversível de dois lugares.
Alguns especialistas, depois de um certo tempo do lançamento do carro, apontaram que a marca realmente conseguiu antecipar algumas tendências de design que estariam presentes em diversos lançamentos que se seguiram posteriormente. Dentre as principais tendências que poderiam ser encontradas no Glas estava o a grande área de vidro e também o formato fastback. Alguns outros detalhes da carroceria lembrava o BMW 507.
Em termos de desempenho, o carro foi lançad com um motor com 1290 cm³, dois carburadores Solex e 75 cv (DIN). O propulsor estava ligado a um câmbio manual de quatro velocidades. No conjunto da obra, o carro conseguia sair da inércia e chegar aos 96 km/h em 12,5 segundos, números consideravam muito bom para a época. A velocidade total do carro era de 157 Km/h.
De acordo com análises feitas na época, o carro realmente tinha uma resposta muito interessante do sistema todo, com uma direção considerada precisa para a época. O carro foi lançando apenas 868 kg, o que também dava uma certa agilidade para o veículo. O carro também mostrava uma preocupação com a segurança, já que tinha freios dianteiros a disco que colaboravam para o sistema ser bem preciso. Um dos únicos problemas que era apontado na época do lançamento do carro era realmente a suspensão, que tirava um pouco da precisão no momento das curvas.
Segunda geração
No ano de 1965 o Glas ganharia uma segunda geração, desta vez 1700 GT, com um motor de 1682 cm³ e chegando ao 100 cv. O grande problema neste lançamento é que a montadora não conseguiu segurar o peso, sendo que a novidade ficou mais pesada do que o modelo anterior. Mesmo assim conseguia ganhar em termos de desempenho. Conseguiu baixar o tempo de chegar até os 96 Km/h para 11,2 segundos, e a velocidade máxima acabou subindo para 180 Km/h.
No ano de 1967 a marca Glas passou a ser incorporada pela montadora BMW. De acordo com os acordos que constavam nos contratos da época, a BMW manteve a produção e fez algumas melhorias para conseguir colocar o novo motor M10 do BMW 1600 NO Glas.