Em alguns segmentos de mercado, onde a evolução é muito rápida, algumas grandes marcas e modelos acabam ficando para trás injustamente, e isso acaba sendo muito comum principalmente no mercado automotivo. Mas para as pessoas que analisam a história mais detalhadamente e atentamente conseguem lembrar-se de alguns dos modelos que realmente fizeram história e marcaram momentos importantes da indústria, mesmo que acaba não sendo tão lembrado assim. Um destes carros que a história parece não ter sido tão justa assim é o Honda NSX, um dos japoneses que mais fizeram sucesso entre os modelos esportivos na década de 90.

Aliás, algo que também precisa ser revisto como conceito e que acaba sendo erroneamente difundido é que alguma cosia para ser considerada clássica precisa ter feito sucesso há muitos anos atrás, mas cada vez mais este conceito entra em desuso. Como falamos anteriormente, atualmente o mercado se renova muito mais rapidamente do que anos atrás, o que acaba consequentemente gerando clássicos mais recente. Estes modelos para serem considerados clássicos não precisam obrigatoriamente terem sido criados a anos atrás. A condição está muito mais relacionada ao papel que ele teve na indústria, e por isso que o Honda NSX merece estar nesta lista, mesmo podendo ser considerado um carro recente.

Honda NSX

Quase brasileiro

O Honda NSX não foi considerado um carro apenas inovador, mas sua história também é diga de elevar o carro a uma condição de clássico. E apesar de ser um veículo feito no Japão, a história dele está diretamente relacionada com o Brasil, já que um dos principais nomes que estavam envolvidos na concepção deste veículo era Ayrton Senna. E na época do seu lançamento muitos analistas já consideravam o carro com um conceito inovador, mas apesar disso acabou realmente passando por alguns períodos conturbados.

O Honda NSX pode ser considerado como o primeiro veículo da história que foi pensado e projetado com uma carroceria completamente feita de alumínio. O uso em grande quantidade do material na fabricação de toda carroceria do veículo permitiu a criação de um carro bem mais leve do que a maioria dos seus concorrentes no segmento. Segundo os dados técnicos da montadora que eram divulgados na época, a opção pelo uso de alumínio deixa ele 200Kg mais leve do que se ele fosse feito com a utilização de aço na sua composição. E a montadora e os engenheiros não utilizaram o alumínio apenas na carroceria do veículo, mas também optaram por fazer a suspensão do carro também do mesmo material, o que além de deixar o veículo mais leve também permitia respostas mais dinâmicas.

Com toda esta inovação na parte da carroceria e na suspensão, deixando o carro mais leve, os japoneses sabiam que eles não precisariam investir em um motor muito potente para deixar o carro com um desempenho acima do esperado. Bastava apenas um motor de médio porte para deixar o carro muito na frente da maioria dos seus concorrentes. E pensando nisso os japoneses laçaram a primeira versão do carro com um motor 3.0 V6, e que também era feito de alumínio. O motor foi lançado com grande parte da tecnologia de ponta que as montadoras tinham disponíveis para a engenharia de motores, como injeção eletrônica multiponto sequencial, comando de válvulas variável (VTEC), coletor de admissão com geometria variável. Este conjunto todo permitiam que o motor que foi instalado nesta primeira versão do carro chagasse tranquilamente aos 280 cavalos de potência, com 7.300 rpm em média, podendo atingir até 8.000 rpm. Todo este conjunto fez com que o Honda NSX fosse chamado na época de Ferrari Japonesa.

Dentre alguns outros atrativos que poderiam ser encontrados neste modelo de veículo, era possível encontrar também outras tecnologias de ponta para a época, como assistência elétrica ao invés de hidráulica, freios ABS com quatro canais (tecnologia rara para o período, em que a pressão de frenagem era administrada separadamente para cada roda, aumentando a eficiência das desacelerações), entre outros. Ou seja, a pessoa que realmente investisse na compra deste modelo não estaria levando para a casa apenas mais uma promessa de modelo esportivo, e sim estaria levando o que havia de melhor e mais moderno em termos de tecnologia automotiva disponível no mercado da época.

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Quase perfeito

Pois bem, o carro realmente tinha tudo para oferecer um desempenho de triar o fôlego tanto dos motoristas quanto dos concorrentes, as o resultado final parece que não consegui chegar aonde a montadora previa. O carro conseguiu até surpreender nas ruas das grandes cidades, mas quando o veiculo chegou nas pistas o desempenho não havia conseguido chegar ao prometido. Dentre os principais problemas do carro que foram apontados na época estavam a relação das marchas que se mostrou longa demais e q eu acabou deixando o caro mais confortável do que rápido nas pistas de alta velocidade e também a suspensão de alumínio que permitia que a carroceria rolasse demais nas curvas.

Assim que os comparativos de desempenho começaram a ser feitos em relação aos seus concorrentes de segmento, o Honda NSX começou a ficar para trás de modelos como Nissan Skyline R32 GTR e o Mazda RX7.

Honda NSX

A montadora decidiu não abandonar o projeto e teve que colocar os engenheiros ao redor da mesa novamente para estudar algumas modificações que seriam aplicadas no carro, e que deu origem ao lançamento do NSX Type R, que foi lançado em 1992. As mudanças acabaram não surtindo efeitos práticos imediatos, mas mesmo assim conseguiu conquistar o mercado local devido a uma excelente estratégia de marketing que foi adotada pela montadora.

O carro seguiu ganhando novas versões e melhorias até o ano de 2005, quando a Honda decidiu que não conseguiria mais competir com os mais recentes modelos do mesmo segmento.

Honda NSX