Ganhar o título de esportivo mais famosos fabricado no Brasil não é para qualquer carro, e o Puma GTE realmente merece este titulo. Aliás, os carros esportivos da época realmente faziam sucesso no mundo todo na mesma época que o primeiro Puma foi feito aqui no Brasil, e o País não ficou atrás de outros grandes lançamentos do mesmo segmento. Era uma época onde os carros esportivos realmente dominavam o imaginário das pessoas e o Puma GTE acabou se transformando em um grande sonho de consumo para brasileiros de toda uma geração.

Puma GTE

Algumas características chamavam mais atenção no veículo, como o fato de ter toda uma carroceria feita de fibra de vidro, o que na época era uma grande novidade, especialmente aqui no Brasil para um carro feito nacionalmente. Além disso, o carro também utilizava mecânica Volkswagen Boxer que ficou bastante conhecido entre as décadas de 70 e 80. O nome desta tecnologia que era utilizada no Puma vem do Motor Boxer, que é um tipo de motor de combustão interna cujos pistões acabam ficando em posições contrapostas e trabalham paralelamente ao solo. Além disso, o carro também recebeu um carinhoso apelido de Tubarão, por causa das entradas de ar para o motor que ficaram realmente muito parecidas com as gueiras do animal marítimo.

O modelo na verdade foi feito baseado no Puma GT, mas acabou ganhando a letra E ao final para indicar Exportação ou Europa, sendo que algumas fontes acabam discordando sobre o real significado da letra E ao final. De acordo com as informações que foram divulgadas pela Volkswagen, este foi o modelo que teve mais unidades vendidas da marca Puma, com certa de 8 mil unidades. Além disso, a montadora também disponibiliza algumas informações históricas interessantes sobre o veículo, que acabou entrando também para a história do desenvolvimento da Volkswagen aqui no Brasil.

Puma  GTE

Este Puma com um motor de quatro cilindros teria sido criado em uma fazenda localizada no estado de São Paulo. Depois que os carros começaram a ser fabricados no Brasil, ele acabou se espalhando por outros países da América Latina, sendo que o primeiro deles que recebeu o modelo depois do Brasil foi o Uruguai, se tornando assim o primeiro carro exportado do Brasil para outro país. Além disso na América Latina a Argentina também recebeu o veículo logo depois do Uruguai. Outros países posteriormente acabaram recebendo a versão do carro que fabricada no Brasil, como Argentina, Haiti, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Estados Unidos, África do Sul, Japão, Itália, Grécia, Alemanha e Oriente Médio.

Histórico Puma GTE

A produção do Puma GTE foi iniciada no ano de 1970, sendo que a montadora na época fez a opção de utilizar a plataforma encurtada do Volkswagen Karmann Ghia. A carroceria do veículo não mudava muito para a de seu antecessor, o Puma GT, mas é claro que a montadora aproveitou para realizar algumas alterações aproveitando o início deste novo projeto. Assim que o projeto começou a ser desenvolvido os profissionais que trabalhavam se referiam a ele apenas como P3. As alterações que poderiam ser observadas em relação ao carro do modelo anterior incluíam: motor 1,6 litros, e eram oferecidos opcionalmente motores de maiores capacidades cúbicas (até 2,1 l); freios dianteiros a disco; cintos de segurança de três pontos; retrovisor externo; luz indicadora de marcha ré engatada, Inversão do sentido de apertura do capo dianteiro, apoios para cabeça e novo pára-brisas.

Passados três anos do lançamento do primeiro projeto, em 1973, o carro sofreu a sua primeira grande modificação, podendo ser considerada uma segunda geração do Puma GTE. Dentre as principais alterações que esta nova versão apresentava em cima do modelo do inicial do projeto estava um aumento do capo de cesso ao motor, que teria sido feita com o objetivo de facilitar a manutenção do carro; além de uma redução no comprimento do vidro traseiro, um novo painel, sendo que o anterior tinha seus instrumentos refletidos no para-brisa e também algumas mudanças nas linhas gerais do design do carro, que passaram a ter menos curvas, deixando o projeto geral um pouco mais reto, mas mesmo assim muito interessante. De um modo geral, as alterações acabam passando despercebidas pelos motoristas mais desatentos, mas mesmo assim entraram para a história como sendo as primeiras modificações mais radicais do projeto.

Puma GTE

Mais três anos se passaram e a Volkswagen fez mais algumas alterações no modelo esportivo, sendo que esta última acabou entrando para a historia como sendo a configuração mais conhecida do Puma GTE. Uma das modificações mais radicais foi a opção da montadora pela troca de plataforma, fazendo com que o carro fosse fabricado agora em cima da base de do Volkswagen Brasília. Desta forma, o Puma GTE acabou ficando mais largo, e também recebeu novas janelas traseiras, que melhoravam realmente a visibilidade do motorista. A carroceria também ganhou linhas mais retas ainda do que a versão anterior, que também já tinha abandonado um pouco as curvas da versão original.

No ano de 1980 o carro acabou trocando de nome para se chamar Puma GTI. A produção do veículo durou até o ano de 1985.