A Volkswagen, que reinava absoluta no mercado brasileiro, ao longo do período compreendido entre os anos de 1990 e de 2000, começou a perder espaço com as novas empresas que começaram a ampliar a concorrência no país, como as coreanas e chinesas. Já a Fiat, que comercializa há anos os populares Palio e Mille, tomou o lugar da alemã, e passou a comandar o mercado com grande tranquilidade, apenas ocorrendo um hiato, no ano de 2004, quando a Volks experimentou crescimento.
Em 2013, a gangorra tende a se inverter novamente, haja vista o grande sucesso do lançamento do novo Gol, que, até o momento, já comercializou 10 mil unidades a mais que o patamar alcançado pela marca italiana, o que ainda tem dado uma dianteira para a Fiat, mas por pequena margem.
Evidentemente que apenas um lançamento é muito pouco para desbancar a dupla campeã de vendas da Fiat, lembrando sempre que o aumento das vendas pode se relacionar ao fato do lançamento, apenas. Entretanto, já no mês de outubro chega ao mercado o Voyage, que trará a Volks de volta aos palcos do sedã compacto, que é responsável pela medalha de prata nas vendas de carro no país.
Além disso, haverá também o lançamento de uma picape média em 2014, e a Fiat não fará mais o seu exemplar, porque sua parceria com a empresa Tata, indiana, foi desfeita.
Haverá, claro, uma resposta da italiana, com seu novo Linea, que é um sedã de base mais compacta, brigando com o segmento médio, e que pode vir a atingir os 5 mil exemplares vendidos mensalmente. A Volks não poderá responder bem neste setor, porque seus Bora e Jetta têm vendas inexpressivas. Apenas o Polo poderá entrar no embate, mas, mesmo assim, conta com apenas 2.500 unidades vendidas no mês.
Por outro lado, levantamentos recentes dão conta de que o mercado automobilístico, como um todo, se expandiu em todo o país. Apesar disso, ambas as montadoras perderam espaço, embora mantenham a liderança. É mais fácil perceber esse panorama se observarmos os seguintes números: de janeiro a julho deste ano, o mercado teve um crescimento de 2,5%, mas a Fiat ficou congelada em 0,3% e a Volks caiu 7,2%. Ambas perderam cerca de 2% de participação no mercado.
Uma das explicações para a queda no desempenho é o fato de que Fiat e Volks tenham aumentado preços, mesmo com a redução do Imposto dobre Produtos Industrializados – IPI – proposta pelo Governo Federal. A italiana ampliou seus preços em 1,0% e a Volks em 0,5%.
O mercado acompanha atentamente os próximos passos dessa disputa Itália Alemanha+Eua.