Cibercriminosos conseguiram paralisar a produção da maior fabricante de automóveis do Reino Unido, a Jaguar Land Rover (JLR). De acordo com as informações que foram divulgadas, as fábricas britânicas ainda estão paradas depois de um grande ataque hacker que aconteceu no dia 1º de setembro. A previsão é de que as atividades nas unidades sejam retomadas ainda neste mês.
O ataque realizado contra os sistemas da empresa obrigou a JLR a desligar todas as suas redes de TI. Isso paralisou completamente a produção da marca. A fabricante, entretanto, rejeitou especulações de que o impacto operacional possa durar semanas ou meses, classificando tais previsões como “mera especulação”. Existem alguns rumores do mercado de que a interrupção possa seguir até novembro.
O ataque que já aconteceu há mais de duas semanas está sendo investigado criminalmente, mas até o momento nem a montadora e nem as autorizadas britânicas conseguiram chegar aos culpados. Mas alguns detalhes já foram divulgados.
O grupo que teria atacado se autodenomina Scattered Lapsus$ Hunters. Eles reivindicaram a ação e também já assumiram a culpa por diversos outros ataques de grande repercussão, incluindo o promovido contra a loja de departamentos Marks & Spencer (em abril) e as redes de cooperativas Co-op (em maio).
Os hackers teriam exigido um valor em criptomoedas como resgate para devolver às empresas o controle dos sistemas e dos dados interceptados. O valor que teria sido pedido para a JLR não foi divulgado.
Enquanto isso, aumenta a preocupação geral em relação aos efeitos que essa paralisação inesperada pode ter. As consequências negativas podem ir muito além das sentidas pela empresa, mas também atingir a extensa cadeia de suprimentos da companhia.
Algumas fornecedoras já teriam emitido alertas de que podem falir em breve caso o problema não seja resolvido e não tenham qualquer tipo de aporte financeiro para conseguir manter suas operações. Custos estimados desse ataque já demonstram prejuízos de £ 50 milhões por semana (R$ 360 milhões).