Quando Henry Ford criou a linha de montagem para seus veículos em 1913, ele com certeza tinha ao menos uma ideia de que a produção em massa jamais seria a mesma depois daquilo.

O Fordismo inaugurado pela produção em massa de veículos feita por Ford mudou profundamente a sociedade capitalista ocidental e como consequência disso, a sociedade capitalista mundial.

Ele serviu de modelo para outras formas e variações conceituais surgidas no mundo todo. A mais famosa dessas variações é o modelo conhecido como Toyotismo, surgido no Japão pós-segunda guerra mundial.

O modelo conhecido por Toyotismo foi desenvolvido por Taiichi Ohno, um engenheiro mecânico japonês. O modelo desenvolvido por ele rapidamente se tornou um dos pilares da indústria automobilística japonesa, e logo acabou sendo exportado para outros cantos do mundo, tornando-se, assim como o Fordismo havia sido, um fenômeno de produção global.

O Toyotismo surgiu no Japão especialmente devido às características de seu mercado interno, que era menor do que o dos Estados Unidos, local de origem do Fordismo, e também porque o pequeno país insular possuía pouca matéria-prima e pouquíssimo capital disponível. O Toyotismo foi uma resposta às necessidades especificas e pontuais do mercado japonês.

Toyotismo

Com o Toyotismo, (que não se aplicou somente à indústria automobilística japonesa, mas a outros setores da indústria nipônica também) o Japão passou a produzir uma grande variedade de produtos em pequenas quantidades, voltados tanto para o mercado interno bem como para o mercado externo.

Com isso, as exportações japonesas aumentaram consideravelmente, fazendo com que o país rapidamente resolvesse o problema da escassez de capital para o desenvolvimento interno.

Foi graças ao modelo proposto pelo Toyotismo que o Japão conseguiu capital para tocar a sua reconstrução no pó-guerra. Ele possibilitou que muitas marcas japonesas passassem a ser conhecidas em outros lugares do mundo. E com o dinheiro obtido com as exportações, a indústria do país teve condições de se desenvolver até atingir níveis que a tornaram em muitos casos, superior à indústria de países ocidentais importantes.

O modelo se baseia no sistema conhecido como “just in time”, que nada mais é do que produzir o que é necessário em quantidade necessária e no momento necessário. Esse sistema foi idealizado por Henry Ford, mas só pode ser implantado de modo prático no Japão devastado pela Segunda Guerra Mundial. E o modelo foi fundamental para a reconstrução da chamada “terra do sol nascente”, que viria a se tornar uma das economias mais importantes do mundo.