Aqueles hábitos costumeiros como, por exemplo, escovar os dentes depois das refeições é algo automático de se fazer e ninguém questiona. Bebês em cadeirinhas de segurança no banco de trás do carro da família já é um hábito há muitas famílias brasileiras.
Se ainda houver resistência de alguns pais acerca disso, se informar é muito importante já que apropriar-se desse hábito garante uma maior proteção e segurança à preciosa vida dos bebês das famílias. Também é uma questão de cumprir leis cívicas e evitar punição administrativa referente ao carro.
O que diz a lei
Acidentes de carro com desfecho fatal ou traumático em crianças que impactaram profundamente a vítima e sua família constam em estudos e pesquisas de estatísticas. Por isso, foi estabelecido o desenvolvimento de novas leis no trânsito e fabricação cuidadosa de produtos eficazes em dar segurança a esse importante grupo infante de cidadãos. É uma maneira que o país tem de ajudar os pais a amar e proteger a vida de seus filhos.
A Resolução n° 277 do Conselho Nacional de Trânsito, o CONTRAN, determina que todas as crianças até dez anos devem transitar no banco traseiro acomodado no dispositivo de segurança. Esses produtos são especialmente projetados sob normas para garantir a segurança e redução de riscos na colisão ou freada repentina do veículo. Sendo considerado a fragilidade do infante, o dispositivo segura nas partes mais resistentes do corpo da criança e protege seus os órgãos internos da melhor maneira possível. Por isso o selo do INMETRO deve ser exigido.
Os pais desatentos que cometer essa infração, que é considerada gravíssima, estará sob pena de multa que custa R$191,54. Além disso, terá sete pontos a menos na CNH - Carteira Nacional de Habilitação e ainda estará sujeito à retenção do carro.
Os dispositivos de segurança no carro
Especialistas indicam que o dispositivo de segurança seja instalado no assento do meio do banco de trás do carro. Isso porque é o lugar com menor risco nos acidentes para o infante mais novo.
São três tipos de dispositivos que variam conforme a idade do infante:
1. Para os bebês de até um ano de idade
Usa-se o "Bebê Conforto" que é também conhecido como "Conversível". Existem modelos para recém-nascidos com peso de até 9 kg e é possível também encontrar para os bebês de até 13 kg.
O recém-nascido é mais protegido no dispositivo do que no colo da mãe ou do pai porque, em casos de acidente, a força do corpo do adulto é esmagadora, ao invés de proteger.
Pode haver uma certa dificuldade de instalar este dispositivo ao passar o cinto de segurança conforme o manual do produto instruir e deixar bem firme no banco traseiro.
Para saber se o cinto está justo o suficiente, o cinto não poderá ser pinçado com seu polegar e indicador. Se sobrar cinto na pinçada dos dedos, ajuste mais um pouco para não haver risco da criança escapar ou ser gravemente lesionada com o próprio cinto largo em caso de acidente.
Esse dispositivo é mais reclinado e deve ser posicionado de costas para o banco da frente do veículo principalmente se seu carro possui air-bag frontal ou lateral. Caso contrário, o bebê sofre lesões graves com o impacto do air-bag, e é também tristemente possível esse impacto lhe tirar a vida.
Há modelos conhecidos como “Poltrona Reversível” que possuem uma peça a mais que é a base. Essa base é a peça responsável de se acoplar ao cinto de segurança para que fique firme. A parte onde o bebê se assenta se fixa na base com um cinto interno de cinco pontos. Ao remover, é possível montá-lo no carrinho de bebê de modelo projetado para aceitar o “travel systems”. Se a criança estiver dormindo, ela não precisará ser acordada.
Recline o dispositivo de modo que a cabeça do bebê fique plano. Se preciso for, use algum material como uma toalha enrolada por baixo do acessório, mas não ultrapasse o ângulo de 45 graus.
2. Para as crianças acima de um ano até quatro anos
Utiliza-se a "Cadeirinha". Ao instalar o cinto de segurança nos lugares indicados, o dispositivo não deve se mover mais que dois centímetros do lugar por isso devem usar o clipe de segurança do cinto.
É neste dispositivo que a criança experimenta o passeio de frente ao movimento de carro como os outros passageiros.
As tiras de segurança da cadeirinha devem ser posicionadas na altura do ombro do infante e devem estar ajustada com uma folga máxima de um dedo e o clipe peitoral deve se posiciona na altura das axilas.
Cuide para que as roupas de inverno ou colchas entre a criança e as tiras de proteção não a sufoquem.
3. Para crianças com mais de quatro anos até sete anos
Usa-se o "Assento de Elevação" também conhecido como “Booster”. É a partir de sete anos e meio que as crianças passam a usar o cinto de segurança já que esse dispositivo permite a criança ficar mais alta e usar o mesmo cinto que os adultos.
Se a criança tiver mais que sete anos e meio e ainda não ultrapassar os seus 1,45 m de altura, você ainda pode aproveitar o Assento de Elevação até que o infante tenha a sua altura ideal para usar o cinto de segurança como os adultos.
O cinto de segurança de três pontos deve passar pelo meio do ombro, no centro do peito e sobre os quadris confortavelmente. Oriente a criança que essa é a maneira correta e não deixe que ela faça com que o braço fique por cima do cinto ou por trás das costas. Em caso de acidentes, resulta em lesões graves que poderiam ter sido evitadas.
Crianças com até 10 anos devem sempre sentar no banco de trás com exceto quando o veículo possuir apenas os bancos dianteiros e quando o número de crianças superar as vagas traseiras, o mínimo necessário de crianças pode sentar nos bancos da frente.
Segurança sempre!
Ao adquirir um carro, fique atento ao manual de instruções do automóvel, pois existem veículos que são restritos ao uso dos dispositivos de segurança infantil.
Os dispositivos de segurança infantil devem ser usados não só em viagens longas por isso desde a maternidade, acostume a criança a ficar no lugar seguro até em passeios rápidos de carro.