Por Foi confirmado essa semana que Buenos Aires não terá o seu tradicional Salão do Automóvel no ano de 2019. O evento está oficialmente cancelado, sendo que o principal motivo acabou sendo a forte crise econômica que afeta o país Hermano. As alterações das estratégias das montadoras em relação a participação nestes eventos também se tornaram um empecilho.
O anúncio do cancelamento do Salão de Buenos Aires foi divulgado pela Oica (Organização Internacional dos Fabricantes de Veículos) e pela Adefa, que reúne as marcas instaladas na Argentina. No comunicado, o texto explica a crise no setor automotivo no país vizinho, cuja moeda sofre tamanha desvalorização, o que é agravado por um cenário futuro nada animador.
Assim como acontece em praticamente todos os países que passam por uma crise econômica, o setor automotivo acaba sendo aquele que sente a pancada mais rapidamente. As vendas de carros na Argentina despencaram nos últimos anos, e o preço do metro quadrado no Salão de Buenos Aires acabou se tornando mais caro, uma conta que simplesmente não fecha para as montadoras.
Essa não é a primeira vez que uma edição do Salão de Buenos Aires é cancelada. O evento começou a acontecer no ano de 1925. Nos anos de 2002 e a de 2004 o evento não aconteceu, também em função da crise econômica.
É possível perceber claramente que existe uma “debandada” geral de montadoras em eventos ao redor do planeta. Isso não é um problema somente dos países que estão abaixo da linha do Equador: Paris (França), Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça), Tóquio (Japão), Detroit (EUA), entre outras cidades conhecidas internacionalmente no calendário do setor automotivo mundial sofreram com as recusas das marcas.
As empresas afirmam constantemente que a grande quantidade de dinheiro que acaba sendo gasto para montar seus estandes nos principais Salões ao redor do mundo tem tornado a participação cada vez menos atrativa. Muito do dinheiro que antes ia pra este tipo de ação de marketing agora tem ido para mídias eletrônicas, por exemplo.