A BMW enfrentou algumas dificuldades durante o lançamento da primeira geração do 118i no mercado Brasileiro e também em alguns outros países onde a montadora fez o lançamento do veículo. Isso porque a categoria estava ocupada por carros que realmente haviam conseguido conquistar o seu terreno. Um dos carros que entrava em competição direta com este novo modelo era o Audi A3 (que a mesma época de lançamento estava também mostrando a sua segunda geração aos consumidores brasileiros).

BMW 118i

Isso porque quando era comprado com o Audi A3 ou até mesmo com o Volvo C30, o 118i mostrava inúmeros pontos baixos, como a falta de um desempenho mais esportivo como apresentava o concorrente da Audi, e também não apresentava uma personalidade característica do Volvo C30, além de não oferecer uma grande quantidade de equipamentos que também estavam presentes no concorrente da Volvo. Assim, o 118i acabou sendo comprado apenas pelos motoristas que realmente dão valor a força da marca, o que nunca deve ser desprezado, ainda mais no caso da BMW. A BMW teve que rever alguns conceitos para tentar novamente conquistar espaço entre a categoria de Hatches Premium.

No ano passado, durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, a montadora aproveitou seu espaço para mostrar ao mundo que tinha aprendido com os erros passados e que não pretendia repetir as mesmas falhas durante o lançamento da segunda geração do 118i. E a mudança realmente saltou aos olhos, ainda mais quando estamos falando da BMW, conhecida de todos pelo seu conservadorismo em relação a mudanças drásticas nos seus carros. Foi como a ver a transformação de um adolescente em um homem, o que realmente faz sentido se formos ver o tempo que esta segunda geração demorou para ser concebida e mostrada ao grande público.

Maior e mais consistente

É claro que tamanho nunca foi alto que garantisse a evolução de um carro para algo melhor, mas no caro do 118i realmente o volume mais avantajado desta segunda geração acabou fazendo uma grande diferença para melhor. Aliás, para quem olha de fora o carro parece que ficou bem maior do que sua geração passada, mas foram apenas 8,5 cm mais comprido e alguns truques no desenho do veículo que fizeram toda a diferença para quem estava olhando de fora. Consequentemente o carro conseguia resolver um dos seus principais pontos fracos, que era o espaço interno. Ficou realmente muito mais confortável para as pessoas andarem na parte de trás do veículo. O carro também acabou ficando mais largo. O porta-malas também acabou ganhando um acréscimo de espaço, passando dos antigos 330 litros para 360 litros.

Mais recursos

Outro problema que era muito apontado pelas pessoas que compravam ou testava o veículo da BMW em sua primeira geração estava no fato dos poucos recursos e itens que eram oferecidos de um modo geral. Realmente as pessoas não estavam satisfeitas em pagar um carro que custava mais de R$ 100 mil e não ver o seu dinheiro revertido em itens que realmente pudessem fazer a diferença. Agora, na segunda geração do 118i a BMW realmente conseguiu mostrar para as pessoas que e vale a pena investir o seu rico dinheirinho na máquina, que além de ter um carro com o logo da BMW ainda terá acesso a muitos recursos.

Para compensar o que não era colocado na primeira geração, esta segunda geração do carro oferece ela de LCD de 7 polegadas, sistema de som com conexão Bluetooth, USB e iPhone; airbags frontais, laterais frontais e do tipo cortina; sistema Start/Stop e seletor de modo de condução (Eco, Comfort e Sport). Tudo isso o motorista vai levar para casa desembolsando R$ 122,9 mil no 118i Sport Line. Existe ainda uma outra opção de configuração, que e o 118i Full, que também oferece alguns outros mimos como GPS, teto solar, bancos elétricos e bancos com revestimento de couro, mas neste caso o preço passa para R$ 150 mil.

Menos consumo e mais potência

Resolvido as questões relacionadas aos problemas internos enfrentados pelo carro, chegou a hora de repensar algumas questões relacionadas ao seu desempenho nas estradas para que realmente estes veículos conseguissem chamar mais atenção dos consumidores. O motor 2.0 16V (136 cavalos e 18,3 kgfm de torque) foi substituído pelo 1.6 16V turbo (172 cv e 25,5 kgfm de torque) realmente se mostrou uma escolha acertada de acordo com todos os testes que foram feitos. Afinal de contas, a montadora estava trocando um consumo mais alto, por um desempenho mais consistente. Além disso, o carro também conseguiu finalmente conquistar um pouco mais esportividade, o que faltava na sua primeira geração. Um dos grandes responsáveis, além do motor, também foi o novo câmbio automático de oito velocidades que deu mais emoção na hora de dirigir o carro.

Este conjunto acabou funcionando tão bem que a montadora conseguiu algo muito difícil neste segmento: um esportivo que consegue se manter nos níveis razoáveis de desempenho. O motorista pode sentir que a resposta ao comando do acelerador é rápida, e a força do turbo acaba sendo muito bem distribuída. As trocas de marchas que são feitas são praticamente imperceptíveis e a escolha das marchas no modo automático nunca é desapropriada, nem marcha de menos pra rotação demais, nem marcha demais pra rotação de menos.

Enquanto os motoristas estiverem no momento de passeio pelas ruas das cidades, a dica é alterar o modo para o Eco Pro, que altera o comportamento geral do carro, permitindo que as pessoas consigam economizar combustível. As informações oficiais que foram repassadas pela montadora na ocasião da apresentação do carro dão conta em uma média de consumo de 13 Km/l, indo de 0 a 100 Km/h em 7,5 segundos. Para completar o conjunto final da direção, o motorista ainda encontra uma direção precisa, ágil e de respostas diretas (que trocou a assistência hidráulica pela elétrica).