Por A Volkswagen geralmente utiliza a letra R antes do nome de um determinado veículo para distinguir os modelos esportivos da montadora, sendo que a legenda acaba sendo utilizada principalmente no continente europeu para tornar a nomenclatura dos carros uma forma de também falar sobre as características de um determinado veículo. Se fala no mercado que estes carros acaba tendo o chamado “sangue quente”, com um motor com maior potência visual e com design mais furioso.
Além da letra R, quando a montadora combina o R-Line no nome de um determinado modelo, é sinal de que aquela é uma versão que possui diferenciais em termos de design, principalmente na parte externa. E talvez esta segunda legenda acaba explicando o lançamento do Tiguan R-Line, que já está sendo vendido no Brasil e trata-se do segundo modelo da família R-Line que chegou ao país, sendo que o primeiro foi o Touareg. Apesar dos brasileiros ainda não estarem muito acostumados com estas diferenciações da Volks por aqui, a montadora está apostando nos amantes da esportividade que investem na compra no segmento de SUV compacto.
Pacotes
De acordo com as informações que estão sendo divulgadas pela montadora sobre a venda do novo Tiguan R-Line no Brasil, o carro será oferecido com dois pacotes diferentes de equipamentos, sendo que os dois já podem ser encontrados na maioria das concessionárias especializadas da Volks no Brasil. No primeiro pacote os consumidores irão encontrar rodas aro 18, para-choques exclusivos e aerofólio. Já no pacote mais completo que será oferecido aos consumidores brasileiros o carro será vendido com banco do motorista com ajustes elétricos, soleiras personalizadas, volante com paddle-shifts, pedais de alumínio e logotipos R-Line nos bancos e na grade frontal.
O primeiro pacote chegou as concessionárias com preço de tabela no valor de R$ 114.700,00. Já o pacote mais completo do carro está sendo oferecido por R$ 126.169,00. Na ponta do lápis, o modelo completo do R-Line está custando R$ 20 mil a mais do que o modelo convencional do Tiguan que já estava sendo vendido no Brasil. O carro ainda está sendo vendido com alguns itens opcionais, como o Park Assist II (que estaciona o veículo sozinho em vagas paralelas e transversais), sensor de chuva, teto solar panorâmico, faróis bixenônio direcionais com leds e partida do motor sem chave. Com todos os itens, o SUV beira os 145000 reais, superando rivais prestigiados como BMW X1 xDrive 28i (129950 reais) e Audi Q3Attraction (149900 reais).
Potência aparente
Em termos de configuração de motor, a novidade da Volkswagen no Brasil não impressiona quanto deveria, especialmente pela faixa de preço na qual ele acabou se enquadrando. Mesmo assim, isso está longe de significar que este é um carro ruim, ele realmente é um veículo de respeito, mas talvez não tenha a “esportividade” no seu DNA, apesar de se esforçar para isso. O motor que está presente no modelo vendido no Brasil é um 2.0 TSI (turbo e injeção direta de gasolina), o Tiguan R-Line chega à potência de 200 cavalos. Conjugado ao câmbio automático de seis marchas e comando Tiptronic, leva o utilitário esportivo de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos, alcançando a velocidade máxima de 207 km/h.
Dentro deste pacote de esportividade que o R-Line apresente para conseguir justificar este preço está o sistema 4Motion, que permite com que o veículo acaba melhor se adequando as condições adversas dos diferentes tipos de estrada. O motor permite que a força gerada seja distribuída nas quatro rodas, que varia de acordo com a situação do momento. Se o carro estiver precisando de mais força do lado direito o sistema permite este gerenciamento, ou vice-versa. De acordo com as informações oficiais técnicas oficiais que estão sendo divulgadas pela montadora em relação a este sistema que está disponível neste lançamento da Volks, no uso normal, 90% do torque é dirigido para o eixo dianteiro, colaborando na economia de combustível.
De acordo com as avaliações que foram realizadas com este carro, e comparando com o modelo convencional do Tiguan, nenhuma modificação foi feita no carro, apesar de que isso acabou não fazendo muita falta, já que o motor 2.0 acaba mantendo o desempenho do carro muito bom. Dentre os destaques, em termos de dirigibilidade, está o desempenho dos carros nas curvas, justamente por causa do sistema de força distribuída. Além disso, como o carro está com a suspensão um pouco mais baixa, ele consegue fazer as curvas com mais firmezas.
Mudanças de design
De uma forma geral, o design do carro acabou sofrendo algumas alterações, que acaba também entrando neste pacote de esportividade, as linhas horizontais do carro bem definidas, e a suspensão como está mais baixa acaba passando a impressão de que o veiculo está um pouco mais rebaixado do que o de costume, passando aquele ar mais esportivo que é característico da família R-Line. Alguns itens foram mantidos em relação ao Tiguan original, como dois grandes grupos ópticos nas extremidades. Logo abaixo do para-choque frontal, os faróis de neblina, alojados nas aberturas de ventilação laterais, dão um toque de dinamismo adicional ao veículo.
Os faróis auxiliares do carro acabam fazendo as vezes também de luzes direcionais, que acabam sendo acionadas quando o carro faz uma curva mais fechada. Já na parte de dentro o R-Line acaba não apresentando mudanças significativas em relação ao seu irmão convencional.