Parece que a corrida desenfreada que as empresas de tecnologia estão travando e que está diretamente relacionada ao lançamento de tecnologias que permitem com que os veículos se tornem autônomos vai parar já justiça dos Estados Unidos. A Alphabet, grupo dono de grandes empresas, incluindo o Google, acionou o Uber em virtude de um suposto vazamento de informações confidenciais.

Alphabet acusa Uber de roubar tecnologia de carros autônomos do Google

O caso acabou vindo à tona depois que uma troca de e-mails entre profissionais do Uber foi parar nas mãos dos dirigentes da Alphabet. O conteúdo destas mensagens teria uma série de detalhes do projeto de carros autônomos que está sendo desenvolvido pelo grupo da Google, mas que deveriam ser confidenciais.

De acordo com as informações que foram publicadas por uma série de veículos de imprensa especializados dos Estados Unidos, os engenheiros da empresa Waymo, que passou a cuidar do projeto de carros autônomos da Uber, teriam sido copiados, aparentemente por engano, na conversa entre funcionários da Otto, uma outra empresa que também pertence ao Uber.

Uma das informações mais sensíveis que estava no e-mail e que acabou fazendo com que a Alphabet corresse para entrar na justiça dos Estados Unidos teriam sido desenhos de sensores em 3-D. Alguns dos elementos utilizados para este componente, aparentemente, teriam sido desenvolvidos pelo Uber e seriam considerados segredos comerciais.

Alphabet acusa Uber de roubar tecnologia de carros autônomos do Google

Vale lembrar também que o mercado de tecnologia dos Estados Unidos, especialmente aqueles que envolvem as grandes empresas do setor, acabam realizando uma espécie de intercambio de funcionários. Por exemplo, a empresa Otto, que foi comprada pelo Uber e que desenvolvia tecnologias autônomas para caminhões, acabou sendo fundada por um ex-funcionário do Google, Anthony Levandowski.

O próprio Levandowski está sendo citado no processo da justiça, sendo que ele pode ser um dos grandes responsáveis por este vazamento de informações. O dono da Otto é acusado também de ter feito o download de cerca de 14 mil arquivos confidenciais da empresa pouco tempo antes dele pedir demissão.