Brasil e Argentina assinaram um acordo nesta semana que prevê a criação de um grupo de trabalho que terá como principal objetivo uniformizar as normas regulatórias para o setor automotivo de ambas as nações.

Brasil assina acordo com Argentina para padronizar regras de produção de veículos

De acordo com as informações que foram divulgadas, foi assinado um memorando de entendimentos entre Brasil e Argentina. Participaram do evento, dentre outras autoridades, os ministros do Desenvolvimento, Marcos Jorge, e pelo ministro da Produção da Argentina, Dante Enrique Sica, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Também participou do ato o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Ferreira Nunes.

O documento trata principalmente em relação a segurança, emissões sonoras e de gases poluentes, eficiência energética e também especificação de autopeças. A Argentina iria tornar o controle de estabilidade (ESC) obrigatório no começo deste ano para carros inéditos, mas decidiu adiar a medida para 2020, alinhando-se com o cronograma do Brasil.

O acordo prevê que o grupo trabalhe durante seis meses para chegar em acordos referentes as 31 normas diferentes relativas à segurança. Depois disso o grupo poderá avançar para os demais temas.

Brasil assina acordo com Argentina para padronizar regras de produção de veículos

"O memorando vai possibilitar que as nossas equipes, de ambos os lados, já comecem os trabalhos, para que tenhamos regulamentos similares para o setor automotivo. Temos a expectativa de que, com o ambiente de negócios melhor, possamos ter mais investimentos", declarou o ministro Marcos Jorge.

Ambos os dirigentes dos países afirmaram que este é um acordo que será muito importante para o desenvolvimento do setor automotivo em ambos os países, ajudando inclusive a eliminar barreiras entre Brasil e Argentina nos próximos anos.

Para o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, assinatura desse acordo representa um passo importante para aprofundar mais as relações entre os dois países, principalmente no que diz respeito à integração produtiva entre as indústrias.