Enquanto a Europa dá claros movimentos de que a era dos carros movidos a diesel e gasolina está com os dias contados e que a energia elétrica deverá ser adotada como padrão para que os carros se tornem menos agressivos para o Planeta, o Brasil ainda deve demorar bastante para adotar política parecida. De acordo com presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, isso não deve acontecer antes do ano de 2033.

Brasil ainda deve demorar 15 anos para “adotar” carros elétricos

Em uma recente entrevista concedida para imprensa brasileira, a Volkswagen deve continuar investindo nos tradicionais motores flex em seus carros que estarão sendo fabricados no mercado brasileiro. O foco segue sendo criar motores que consigam entregar eficiência com baixo consumo.

Mas a companhia confirma que não está em seus planos começar a investir, de uma forma mais efetiva, nos motores elétricos, algo que já está acontecendo na Europa. O motivo seria justamente a falta de uma política pública que demonstre preocupação de parte do governo com as questões energéticas.

Recentemente a companhia anunciou um investimento na casa dos R$ 2,6 bilhões para aumentar a capacidade de produção da fábrica localizada na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo. O local passará a ser a casa da nova geração do Polo e também do sedã Virtus.

Brasil ainda deve demorar 15 anos para “adotar” carros elétricos

Durante o evento, o presidente da empresa falou um pouco sobre as estratégias de investimentos adotadas pela empresa no país. Ele afirmou que acredita que os carros elétricos não terão grande participação no mercado brasileiro, pelo menos não na próxima década.

O executivo afirma que a situação só vai se tornar favorável para os carros elétricos no país a partir do momento que o governo iniciar uma política pública que resolva os problemas de infraestrutura que permita a circulação dos carros elétricos. Além disso, também existem as questões de oferta de energia elétrica e dos impostos cobrados sobre este tipo de veículo.

Powels lembra que o governo brasileiro sequer conseguiu aprovar uma regulamentação dos postos de recarga ainda. Mesmo assim, o CEO acredita que isso vai acabar acontecendo, mas nada antes do ano de 2033.