A China tornou oficial aquilo que o presidente norte-americano Donald Trump já tinha publicado na sua conta no Twitter. A partir do dia 1º de janeiro de 2019 estarão suspensas as cobranças de tarifas sobre os automóveis e as peças de substituição fabricados nos Estados Unidos.
A medida faz parte de um acordo que está promovendo uma trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Mas o governo chinês afirmou que a medida, neste primeiro momento, terá validade de apenas 90 dias.
A partir do anúncio feito pelo Ministério de Finanças da China, em janeiro o imposto cobrado pelos carros e pelas peças norte-americanas vendidas por lá cairá de 40% para 15%, deixando o imposto basicamente no mesmo patamar cobrado de outros países.
"A imposição de tarifas aos automóveis e partes originais dos Estados Unidos é um movimento forçoso contra o protecionismo comercial americano, por isso que a suspensão das tarifas é uma medida concreta para implementar o consenso dos dois chefes de estado", escreveu o ministério.
Ao longo do ano, a China alterou diversas vezes a carga tributária cobrada das empresas norte-americanas da indústria automotiva que queriam vender para o país. No mês de julho as tarifas foram reduzidas para 15%, e mais tarde foi foram elevadas para 40%. O aumento foi anunciado basicamente como represália às tarifas punitivas de Washington sobre produtos chineses.
"Esperamos que as duas partes, de acordo com o consenso dos dois chefes de estado, se baseiem na premissa do respeito mútuo, da igualdade mútua e da fidelidade, das palavras e dos fatos, e intensifiquem as consultas para eliminar todos os aumentos de tarifas e desenvolverem ativamente uma situação equilibrada, inclusiva e benéfica para todos", acrescentou o ministério.
A trégua comercial entre os dois países também está sendo percebida em outros segmentos da economia. Nesta semana, os americanos confirmaram as primeiras vendas significativas de soja para a China desde o início da imposição mútua de tarifas sobre produtos importados entre os dois países.