O caso que ficou conhecido como o Dieselgate da Volkswagen, sistema fraudulento que mascarava a real quantidade de poluentes emitidos pelos carros da marca em diferentes países do mundo, novamente apareceu nos jornais internacionais. Em uma declaração recente, um dos promotores da investigação que está sendo feita na Alemanha afirma que o sistema era de conhecimento da alta cúpula da empresa.

Diselgate: Ex-CEO da Volkswagen saberia do esquema de fraude

O promotor afirmou que o ex-CEO da empresa, Martin Winterkorn, tinha pleno conhecimento do funcionamento do software que tinha como principal objetivo alterar os dados referentes a quantidade de poluentes emitidos pelos carros. O executivo, que atualmente está com 69 anos de idade, deixou a empresa no mês de setembro de 2015, alguns dias antes do caso ser divulgado pela imprensa.

Na ocasião da sua saída, quando questionado posteriormente, o executivo afirmou que não tinha conhecimento deste sistema fraudulento e que a sua saída nada tinha a ver com o escândalo. Mesmo na semana passada, quando foi novamente questionado sobre o assunto, Martin voltou a afirmar que não sabia de nada do que tinha acontecido.

Mais suspeitos

Além disso, os promotores do caso afirmaram que encontraram evidencias suficientes para aumentar consideravelmente a lista dos suspeitos de envolvimento no caso. A lista, que começou com 21 nomes, atualmente está em 37. Todos eles estão sendo acusados por fraude, especialmente por não informar aos acionistas sobre os problemas que a companhia teria que enfrentar.

Diselgate: Ex-CEO da Volkswagen saberia do esquema de fraude

O processo já conta com mais de 1400 queixas formais contra a empresa e seus executivos, sendo que todas elas foram feitas por acionistas que se sentiram prejudicados no caso Dieselgate. As perdas estimadas por este grupo chegam a 8 bilhões de euros, basicamente em função da desvalorização das ações da empresa depois do ocorrido.

Estados Unidos

Enquanto que na Alemanha o processo deve continuar em função das queixas dos acionistas, nos Estados Unidos a Volks assinou um acordo com as autoridades norte-americanas para encerrar as investigações por lá. O valor do acordo chega ao montante de US$ 4,3 bilhões, sem contar mais US$ 17,5 bilhões em indenizações.