O sonho de andar em carros voadores para cima e para baixo em cidades parecidas com as que são mostradas no desenho dos Jetsons ainda está longe de acontecer e, muito provavelmente, ficará para a próxima geração. Mas isso não significa que as indústrias estejam paradas em relação ao assunto.

Empresas esperam lançar primeiros “carros voadores” em até cinco anos

E não são apenas companhias novas no mercado, as chamadas startups automotivas, que estão tentando criar os seus carros voadores e fazer com que eles efetivamente cheguem até o mercado. Existem também empresas tradicionais, tais como Airbus, Toyota e Embraer. Companhias como o Uber também já iniciaram pesquisas na área.

A previsão de analistas, com base no que as indústrias e empresas estão fazendo até o momento, é que os primeiros carros voadores sejam efetivamente lançados dentro de cinco anos. "O trânsito é incômodo nas metrópoles. Começamos a estudar como trazer as aeronaves para ajudar na mobilidade urbana", diz Antonio Campello, diretor de inovação da Embraer.

Mesmo fazendo todas as pesquisas e investindo no segmento, a Embraer é pé no chão e afirma que, na verdade, o que será resultado destes esforços são aeronaves de pequeno porte focadas em percursos curtos e médios. Por enquanto, ainda não será possível criar aviões que tenham a estrutura que permitam com que eles circulem como carros pelas estradas, tais como rodas, chassis e engrenagens.

Empresas esperam lançar primeiros “carros voadores” em até cinco anos

A empresa também sabe que é extremamente improvável que os motoristas saiam pilotando suas aeronaves com a mesma facilidade com que hoje "A regulação do setor aeronáutico é restritiva, e nós não faríamos uma nave que voasse sem confiabilidade", afirma Sandro Valeri, engenheiro da Embraer.

Desafios

A indústria ainda precisa vencer uma série de desafios para que estes veículos efetivamente sejam lançados. Por exemplo, será preciso criar uma tecnologia que realmente garante que o motor elétrico consiga vencer determinadas distancias com segurança. Como o tráfego vai acontecer em alturas mais baixas do que aviões, os motores precisam ser silenciosos.

As questões que envolvem autonomia de bateria, não apenas para os motores mas para os sistemas como um todo, estão entre os principais desafios das empresas do setor.