Entrou em vigor na ultima terça-feira, dia 19 de março, o acordo bilateral entre Brasil e México para veículos e também para autopeças. Originalmente, o acordo foi assinado no ano de 2002, e já previa que entraria em vigor a partir deste ano de 2019. A partir deste dia, o comércio entre os dois países passa a ser livre neste setor.
Isso significa, na prática, que o regime de cotas, que vigorava até então, já não existe mais. Ou seja, as montadoras não precisam se preocupar em relação a quantidade de carros ou de autopeças que serão importadas sou exportas entre os dois países.
O regime de cotas acabou sendo criado justamente como uma primeira etapa do acordo de comércio entre o Brasil e o México. Nestes anos anteriores, os governos definiam determinadas quantidades de peças que podem ser comercializadas. Os valores iam aumentando com o passar dos anos, até chegar a essa etapa do negócio.
De acordo com as informações que constam no acordo, o livre comércio é válido para automóveis e comerciais leves, porém caminhões e ônibus só passarão a ter o livre comércio a partir do ano que vem.
Entre os carros produzidos no México que são comercializados no Brasil, estão os Chevrolet Tracker e Equinox, o Audi Q5, o Nissan Sentra, o Ford Fusion e os Volkswagen Jetta e Tiguan. Do Brasil, são enviados para a terra da tequila o Chevrolet Onix, os Ford Ecosport e Ka, Honda Civic e os VW Gol e Up, entre outros.
Carros mais baratos?
Mas, afinal de contas, essa nova etapa do acordo pode acabar fazendo com que os modelos importados do México fiquem mais baratos? Isso vai depender, basicamente, das montadoras. Como as cotas entre os países já eram grandes, a política de preços pode acabar se mantendo como está atualmente.
Analistas acreditam que a verdadeira redução dos preços pode acabar vindo da competição que a medida pode trazer, uma vez que mais montadoras podem lançar carros por aqui sem se preocupar com as cotas.