Os dados revelados por um estudo conduzido pela consultoria PwC Brasil, e que foi feito a pedido da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), revela que produzir carros no Brasil ainda sai muito mais caro do que no México. De acordo com as informações que foram divulgadas, o valor pode chegar a 44% de diferença.

Estudo afirma que fazer carro no México é até 44% mais barato do que no Brasil

O estudo mostra que, em relação aos custos de produção, a diferença gira em torno dos 18% de vantagem para o México. Mas quando são aplicados os devidos impostos que são cobrados durante todas as fases dos processos de fabricação de um carro, a diferença pode acabar chegando aos 44%.

A PwC Brasil afirmou no relatório final do estudo que mesmo um carro importado mexicano acaba sendo 12% mais competitivo do que os carros que são fabricados nacionalmente, isso quando levados em consideração apenas os valores de produção, sem aplicar questões relacionadas ao marketing e as estratégias das empresas para vendas de diferentes modelos.

Quando a análise passa para o cenário da exportação, um carro que é produzido no México ainda acaba sendo 24% mais competitivo do que um carro fabricado no Brasil e que é vendido para a América do Norte.

Estudo afirma que fazer carro no México é até 44% mais barato do que no Brasil

O estudo também identifica alguns dos principais fatores que encarem a produção dos carros brasileiros quando comparado com a fabricação dos carros no México. Dentre eles estão: custos logísticos e materiais mais alto, além de uma carga tributária que também acaba sendo muito mais elevada.

A pesquisa mostra que, no México, cerca de 16% do valor final de um veículo vem dos impostos que são aplicados durante toda sua fase de produção e venda. Já o percentual de impostos embutidos no valor dos carros nacionais fica entre 37% e 44%.

Os dados que foram analisados e levados em consideração para a pesquisa são de 2017. Neste ano, o México movimentou US$ 143 bilhões de sua economia exportando veículos, e o Brasil apenas US$ 26 bilhões no mesmo período.