Parece que os extintores de incêndio podem se tornar peças obrigatórias dentro dos carros novamente. Pelo menos é o que diz um projeto de lei que foi aprovado no final de maio na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado de forma unanime dentro da Comissão, e agora deve seguir para as próximas etapas dentro da câmara.

Extintor de incêndio pode voltar a se tornar obrigatório dentro dos carros no Brasil

Anteriormente os extintores de incêndio já foram considerados como peças obrigatórias dentro de qualquer carro que circulasse pelas ruas brasileiras. Mas desde o ano de 2015 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou a presença dos extintores opcional. Na época, órgão justificou tal decisão afirmando que os atuais carros possuem tecnologia contra incêndio e que o despreparo para o uso poderia causar mais perigo.

Mas parece que o deputado Moses Rodrigues (PPS/CE) discordou não concorda com a interpretação do Contran sobre o assunto. No ano de 2015, em novembro, protocolou na câmara um projeto de lei que tinha como principal objetivo reverter a decisão tomada pelo Conselho que deveria ter a palavra final sobre o assunto. Nasceu assim o PL 3404/15, que parece estar andando neste ano de 2017.

Sobre a decisão de criar um projeto para obrigar a volta dos extintores para dentro dos veículos brasileiros, o deputado afirmou: "Não é plausível que o Contran, de um momento para outro, entenda que o extintor de incêndio não é mais considerado item de segurança do veículo".

Extintor de incêndio pode voltar a se tornar obrigatório dentro dos carros no Brasil

O projeto passou pela sua primeira comissão no final do mês de maio, justamente aquela que tem como principal objetivo filtrar as ideia e propostas na área de viação e transporte, sendo aprovado. O relator, deputado Remídio Monai (PR-RR), afirmou que o Contran não apresentou uma justificativa consistente para a decisão de 2015. O projeto agora deverá passar pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir para aprovação no plenário da Câmara.

O Contran, por sua vez, afirma que a sua decisão foi tomada depois que a instituição realizou uma avaliação técnica durante 90 dias. Ele afirma também que os setores diretamente envolvidos na decisão foram consultados. Todos os levantamentos apontaram que a presença do extintor pode causar mais riscos ao motorista do que o incêndio em si.