Por Uma notícia abalou o mundo dos negócios, especialmente no setor automotivo, nesta semana. A Fiat Chrysler anunciou nesta semana uma proposta de fusão com a Renault no mundo inteiro. De acordo com a proposta, as ações do novo grupo seriam divididas de forma igual entre ambas as partes.
O conselho de administração da Renault confirmou que recebeu, de forma oficial, a proposta da FCA e afirmou que já está “estudando com interesse a oportunidade”. Caso a fusão se confirme, o resultado poderia se tornar o terceiro maior grupo automotivo no mundo inteiro.
A proposta é boa para ambas as partes. Primeiramente, as companhias conseguem unir forças para disputar mercado com a crescente avalanche oriental. A Renault entraria com algumas tecnologias que tornam ela destaque no mercado atualmente, especialmente no desenvolvimento de motores elétricos. Já a Fiat facilitaria muito a presença da marca dentro do mercado norte-americano.
No Brasil, a união das duas marcas acabaria criando a maior empresa do setor, que teria uma participação de 26% do mercado. Segundo os números mais recentes, 2.470.653 automóveis e comerciais leves foram emplacados no Brasil em 2018. Destes, 214.914 foram da Renault, 325.725 da Fiat e 106.945 da Jeep. Isso tornaria a nova montadora a maior do mercado brasileiro, ultrapassando a atual líder Chevrolet.
Vale lembrar que, assim como deve acontecer em cada um dos países onde a marca atua, a fusão entre FCA e Renault teria que ser submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão tem poder para intervir em operações que criem ou aumentem significativamente o poder de mercado das empresas.