A General Motors deve retomar alguns investimentos na indústria brasileira, especialmente na região de São Caetano do Sul, mas apenas se conseguir entrar em um acordo com o sindicato dos metalúrgicos da região, de acordo com as informações que foram divulgadas pelo próprio sindicado. A empresa está buscando alguns acordos trabalhistas para conseguir manter o emprego dos funcionários.

General Motors pede acordo para investir em São Caetano

De acordo com as informações que foram divulgadas pelo sindicato, a montadora está buscando entrar em um acordo com o objetivo principal da possibilidade da aplicação da regra de garantia de empregos de um ano para os funcionários novos lesionados. Atualmente existe estabilidade para os empregados que sofrem com determinados tipos de lesões ou ainda de doenças.

A GM quer, com essa proposta, que os funcionários que já se enquadram nestes casos poderão manter a sua questão de estabilidade, mas em relação aos novos funcionários, a estabilidade poderia ser mantida apenas por um período de um ano. Uma outra condição da proposta está relacionada a indenização que seria paga para o funcionário demitido, com o deposito de 33 salários extras caso isso acontecesse.

Briga com o sindicato

A posição que foi informada pelo sindicato é de que não existe a possibilidade de qualquer tipo de “passo para trás” neste quesito. O sindicato afirma também que a GM está fazendo algumas ameaças em relação ao acordo, afirmando que caso o sindicato não concorde com a proposta, a produção será transferida para outras unidades. Também existiria a possibilidade da empresa abrir uma nova unidade.

General Motors pede acordo para investir em São Caetano

Sem que a GM realize os investimentos que precisa fazer na planta localizada nesta cidade, é muito provável que a fábrica se torne obsoleta em apenas 4 anos. Atualmente a fábrica de São Caetano do Sul é responsável por fabricar os modelos Cobalt, Spin, Montana e o Onix Joy.

Existem ainda outros assuntos que estão na pauta da negociação que está sendo realizada entre o sindicato e a GM, dentre os quais a substituição do repasse da inflação de 2018 e metade de 2019 por um abono, além da redução do piso salarial para novas contratações.

Vale lembrar que a montadora já confirmou que deve paralisar as atividades desta planta a partir do dia 27 de fevereiro, colocando a grande maioria dos seus funcionários em férias coletivas.