A General Motors anunciou algumas mudanças significativas na sua estratégia de negócios para o mercado brasileiro. De acordo com as informações que foram divulgadas pela própria GM, houve uma alteração na estrutura interna da companhia dentro da América do Sul, criando a junção de dois importantes países para a região: Argentina e Brasil.

GM adota nova estratégia para o mercado argentino e brasileiro

O executivo que vai comandar a unidade que realizou uma junção improvável, colocando os dois eternos rivais do mesmo lado será Carlos Zarlenga. A ideia é simples: pegar as duas maiores economias da região e criar uma fortaleza que permita com que ambos os países consigam competir no mercado global.

A GM realizou uma grande integração de praticamente todas as áreas chaves da empresa em cada um dos países para que eles passassem a responder diretamente ao Carlos e também a toda sua equipe. Mas além de fazer sua tarefa de casa, a nova divisão terá a difícil tarefa de tentar buscar uma aproximação dos governos, para que existam padronizações de diversas questões, desde normas de segurança de carros até as políticas de incentivos fiscais.

Essa reaproximação vem acontecendo de uma forma mais efetiva desde que o governo Michel Temer iniciou suas atividades, com diversos encontros já tendo acontecido com o presidente argentino, Mauricio Macri. Por enquanto nenhuma ação maios efetiva realmente foi anunciada pelos governos dos dois países, mas muitos analistas afirmam que o cenário para este tipo de projeto está bastante favorável.

Mercosul de mentira

GM adota nova estratégia para o mercado argentino e brasileiro

Existem alguns problemas nesta estratégia da GM, especialmente em determinadas escolhas. A unificação levou em consideração departamentos importantes e chaves da empresa, tais como engenharia, recursos humanos e finanças, mas um dos principais problemas, que inclusive pode criar atritos na região, é chamar a divisão de Mercosul, mesmo não incluindo outros importantes membros, como Paraguai e Uruguai.

De acordo com alguns dados que foram divulgados, 80% do que a GM produz na Argentina é vendido no mercado brasileiro e 80% do que vende na Argentina é fabricado no Brasil. A GM conta basicamente com a mesma estrutura de produção nos dois países.

Apesar do anuncio e das reuniões que já estão acontecendo de forma bastante efetiva, a empresa ainda não informou quais serão as diferenças práticas que a mudança de postura trará para o consumidor.