As operações comerciais de outros países na Venezuela não estão nada fáceis com as diversas ações de confisco que estão sendo feitas pelo governo federal local. De acordo com as informações que foram noticiadas pela imprensa internacional neste começo de semana, a GM está deixando de operar na Venezuela depois que o governo de Caracas confiscou uma das suas fábricas.

GM deixa de operar na Venezuela

O governo do presidente Nicolás Maduro tem feito diversas apropriações de empresas privadas pelo governo. Os representantes da montadora fora da Venezuela afirmaram que o governo tomou conta tanto da unidade que fabricava carros como também dos ativos da GM de um modo geral.

De acordo com Julia Bastos, porta-voz da GM no Brasil, a fábrica foi "inesperadamente tomada pelas autoridades venezuelanas, que impediram que continuasse operando com normalidade". Além disso, a funcionária da GM também afirma que outros ativos da companhia também acabaram sendo confiscados pelo governo, tais como veículos. Eles teriam sido retirados de dentro das instalações da GM.

Paralisada

O governo da Venezuela está enfrentando uma amarga crise econômica e social há alguns anos, o que fez com que a unidade tivesse que paralisar suas atividades. A planta, de uma forma geral, tinha a capacidade de fabricar 100 mil carros por ano. Um dos principais fatores que causou a paralisação das atividades da empresa foi justamente as medidas restritivas para entrada de dólar no Venezuela.

GM deixa de operar na Venezuela

Com o fechamento dessa unidade, foram demitidos 2.678 funcionários. A unidade em questão não era considerada uma fábrica nova, sendo que ela estava em operação na Venezuela desde o ano de 1948. Além disso, a GM conta com uma rede de 79 lojas concessionárias, somando cerca de 3900 funcionários empregados em toda a rede.

A GM afirma que, apesar de ter recebido uma ordem judicial em relação ao governo assumir a fábrica, não recebeu qualquer possibilidade de defesa, e considerou isso uma ação arbitraria. Um representante do governo afirma que o confisco da unidade se deu por uma ação judicial movido por uma empresa Venezuelana. A empresa teria pedido ajuda para o governo, no começo deste ano, para que ela voltasse a funciona.