A General Motors afirmou que chegou a um acordo com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos, em São Paulo, sobre a suspensão de contratos dos empregados da linha de montagem da empresa na cidade. O processo, chamado de layoff, costuma acontecer quando a unidade precisa ser paralisada em função da baixa demanda por veículos.
De acordo com as informações que foram divulgadas pela empresa e pelo sindicato, a medida deve ser condicionada a três meses de estabilidade no emprego. Ou seja, os funcionários seguem recebendo pelos próximos 90 dias, sem que eles tenham que trabalhar. Ao terminar este período, a montadora garante estabilidade por mais três meses a todos os funcionários da unidade.
A proposta ainda deverá ser aprovada em assembleia geral, que está marcada para acontecer na tarde desta terça-feira. Mas como o acordo conta com o apoio do sindicato, a previsão é de que a negociação aconteça sem grandes problemas. Se a proposta for aprovada com sucesso, os funcionários entram no estado de layoff a partir do próximo dia 5 de junho.
Apesar dois funcionários não terem que bater o ponto na linha de montagem, todos os funcionários que forem selecionados para a suspensão deste contrato terão que fazer um curso de qualificação no Senai, sendo que as aulas deverão acontecer duas vezes por semana. Os salários, durante este período, devem ser garantido pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Para conseguir entrar no programa do governo, a empresa teve que garantir algumas contrapartidas. Além de garantir por mais três meses os contratos dos funcionários, a empresa se comprometeu também a antecipar o pagamento do 13º salário, o que deve acontecer no final desta semana ainda. Além disso, a GM se comprometei a renovar todos os contratos temporários na planta.