O presidente Jair Bolsonaro determinou a suspensão do uso dos chamados radares móveis de fiscalização de velocidade de veículos em rodovias federais. Um dos principais diferenciais deste equipamento em comparação com os demais é o de que ele não possui local fixo, sendo operado por um agente em qualquer ponto da estrada.

Governo determina suspensão do uso de radares móveis em rodovias federais

A determinação já havia sido anunciada pelo presidente durante um evento no Rio Grande do Sul no começo desta semana e foi publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União. O despacho não especifica quando a medida entra em vigor, mas Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira que a suspensão passa a valer a partir de segunda-feira (19).

Segundo o texto, a suspensão vale para três tipos diferentes de radares: Estático (instalado em veículo parado ou sobre suporte), Móvel (instalado em veículo em movimento) e Portátil (direcionado manualmente para os veículos).

Governo determina suspensão do uso de radares móveis em rodovias federais

Em entrevista concedida para a imprensa, o Ministério da Infraestrutura afirmou que não existia prazo definido para que a reavaliação do uso de radares seja realizada e eles voltem a ser utilizados. Questionado sobre quando a suspensão começará efetivamente, o Ministério da Justiça não respondeu à pergunta e disse que a informação cabe à Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Radares fixos

O presidente Jair Bolsonaro também criticou a decisão da justiça que acabou obrigando o governo federal a instalar 1.140 aparelhos para monitorar 2.278 faixas. O governo tinha suspendido a contratação de serviços de instalação de novos radares fixos em rodovias federais, mais uma ação popular acabou garantindo na justiça que a instalação fosse realizada.

"Estamos com o problema na Justiça agora. Vão tirar R$ 1 bilhão para instalar 8 mil pardais. Com o bilhão, o Tarcísio [de Freitas, ministro da Infraestrutura] asfalta 300 km de rodovia", afirmou o presidente, se referindo ao plano inicial de instalação de radares fixos, que iriam fiscalizar 8 mil novas faixas em até 5 anos.