No mês anterior, o Governo informou que a redução do IPI acabaria em 31 de agosto. Mas Guido Mantega, ministro da Fazenda, voltou atrás e disse que ainda não tem definição sobre uma eventual prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“O IPI de agora está muito bem, nós não estamos pensando numa prorrogação do IPI, ainda tem mais de 15 dias”, citou o ministro.

Segundo Mantega, antes de tomar uma decisão sobre a prorrogação, é preciso avaliar ao final do período em que foi dado o desconto. “Precisamos ver o resultado do setor, a geração de empregos, porque uma coisa está acoplada à outra. (...) Tudo isso tem que ser avaliado e ainda não fiz as reuniões com os setores”, disse.

Em maio, o tributo foi reduzido para proporcionar melhores condições para a indústria em meio à crise financeira internacional – que tem derrubado as previsões de crescimento de todas as economias. A redução do IPI proporcionou recordes nas vendas em junho e julho.

De fato, a redução no IPI sobre os automóveis virou uma válvula de escape para ajudar a alavancar a economia brasileira.

Governo não decide sobre a prorrogação do IPI

Crescimento

Mantega informou à imprensa sobre os sinais claros de recuperação da economia, mas que ele ainda vê deficiência no crédito. “A recuperação da economia se torna cada vez mais nítida, nós já passamos o cabo da boa esperança e no segundo semestre estaremos com uma economia crescendo mais do que foi no primeiro semestre”, disse.

“Ainda acho que temos que continuar tomando medidas e fazendo esforços para que haja consolidação deste crescimento. (...) Ainda estamos deficientes na área de crédito. Os bancos públicos estão tendo uma atuação muito boa e estão substituindo os bancos privados, que ainda não reagiram. Se os bancos privados já tivessem reagido, estivessem baixando juros, spread e aumentado o volume de crédito, estaríamos aquecendo mais rapidamente. O que nós precisamos neste segundo semestre é de uma expansão maior do crédito.”