Depois de muitas idas e vindas, os simuladores de trânsito devem acabar se tornando assunto novamente ao longo dos próximos anos. O atual governo pretende acabar com a exigência do simulador, que foi incluído nas aulas para tirar a CNH e que acabou causando o encarecimento do processo como um todo.

Governo quer acabar com exigência de simulador de autoescola

A declaração foi dada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que também pretende acabar com o prazo de cinco anos para renovação do documento. As duas falas foram feitas durante a Convenção Nacional da Confederação dos Transportadores Autônomos. Essa foi uma das entidades que acabaram liderando o movimento que culminou com a greve dos caminhoneiros.

"A gente tem uma determinação do presidente Bolsonaro: facilite a vida do usuário, facilite a vida do cidadão. Essa é uma obstinação dele. Não foi por acaso que puxamos o Contran [Conselho Nacional de Trânsito] e Denatran [Departamento Nacional de Trânsito] para o Ministério da Infraestrutura, que acompanha o dia a dia do setor", afirmou.

Governo quer acabar com exigência de simulador de autoescola

Sobre a necessidade das aulas nos simuladores, o ministro disse o seguinte: “Vamos acabar com esse troço. Mas vão dizer que é importante... coisa nenhuma. Isso é para vender hardware e software, só para aumentar custo. É lobby, é máfia. Então, vamos acabar”.

Sobre a renovação do documento, que deve ser feita há cada cinco anos segundo a lei atual, a ideia é ampliar o prazo para os mais jovens. Durante sua fala, o ministro também mencionou algumas outras mudanças que devem ser feitas, como acabar com a exigência do adesivo do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC).

“Por que tem que ter adesivo de RNTRC no caminhão se posso fazer a fiscalização eletrônica, com o castro eletrônico? Então, vamos acabar com isso também, porque é mais um custo”, afirmou.

Uma outra questão que também está na mira do novo ministro está envolvido diretamente com os serviços de emplacamento. "A gente não quer a máfia de estampadores, nem que a placa represente custo adicional. A gente precisa fazer com que a placa seja um instrumento de segurança, de rastreamento que evite a clonagem, mas não para aumentar o custo ou criar dificuldades".