O que um hacker que acabou se tornando famoso por ter conseguido criar os primeiros sistemas de jailbreaks (que permite ao usuário ter acesso a elementos que estão escondidos pelos desenvolvedores) dos iPhones e a tecnologia de carros autônomos tem a ver um com o outro? Pois George “Geohot” Hotz acabou criando esta relação, que antes parecia ser improvável.

Hacker revive projeto de carro autônomo

No ano de 2015, diversos sites estrangeiros de tecnologia noticiaram que o programador estava desenvolvendo um sistema próprio que poderia ser implementado em carros, tornando assim os veículos autônomos. Foi criada uma startup para encubar o projeto, chamada Comma.AI, mas o projeto acabou sendo encerrado em virtude de uma série de problemas que foram encontrados durante as negociações com o governo norte-americano.

A tecnologia que estava sendo criada pelo hacker estava sendo considerada como uma democratização das autonomias dos veículos, uma vez que poderia ser instalado em qualquer carro. No ano passado, a empresa recebeu uma notificação do governo para divulgar informações do projeto, caso contrário eles poderiam ser multados. E isso acabou fazendo com que o hacker desistisse.

Com a notícia do cancelamento, o mercado acreditou que todos os avanços que foram obtidos pela empresa ao longo do processo inicial de desenvolvimento teriam se perdido. Mas esta semana a história ganhou um novo episódio.

Códigos abertos

Hacker revive projeto de carro autônomo

A startup criada pelo hacker anunciou que iria tornar público tanto o software que tinha sido criado até este ano como toda a plataforma utilizada para pesquisa em robótica. É claro que este passo não garante que o simples download das informações permita que os donos dos carros possam instalar o programa e tornar o seu carro autônomo, mas já pode ser considerado como "meio caminho andado".

Na carta que foi escrita por Hotz, o hacker afirma que a partir deste movimento, os desenvolvedores e também as empresas poderão se tornar capazes de replicar os primeiros experimentos obtidos pela companhia ao longo dos últimos anos de pesquisa. De acordo com as informações que foram obtidas, os arquivos contam com 7 horas de dados de direção.

A empresa lembra que a tecnologia ainda está em fase considerada como nível Alpha, ou seja, ainda precisa de uma grande quantidade de trabalho para que o projeto se torne algo que possa realmente chegar até o mercado como um todo.