A Honda anunciou nesta semana que vai suspender a fabricação de carros por uma semana nos Estados Unidos e também no Canadá. De acordo com as informações que foram divulgadas pela imprensa local, a suspensão das atividades se dará basicamente em função da falta de chips e semicondutores, um problema que também está sendo sentido por outras fábricas ao redor do mundo.
A montadora ainda não divulgou oficialmente qual será o impacto oficial das medidas. Mas consultores que foram entrevistados afirmam que a suspensão deve acabar suspendendo a fabricação de cerca de 30 mil carros.
Não é apenas a falta de peças básicas e fundamentais para os carros que provocou a decisão de interromper a produção dos veículos. O impacto contínuo da pandemia do coronavírus também acabou se tornando um dos fatores preponderantes, bem com o congestionamento em vários portos marítimos e o inverno mais rigoroso da região.
A Honda tem forte presença produtiva na América do Norte, concentrando na região a fabricação de automóveis, utilitários esportivos e uma picape (a Ridgeline), além de motores e diversos outros componentes. A suspensão afeta diretamente a produção dos sedãs Accord e Civic, junto outros modelos importantes. Já as instalações da empresa no México não serão afetadas. Lá, o SUV compacto HR-V é produzido para abastecimento de toda a região.
Outras montadoras também já afirmaram estar passando por problemas parecidos. A General Motors, por exemplo, teve que mudar a sua estratégia para evitar que fosse completamente paralisada a produção de picapes. O dispositivo depende de um chip em falta no mercado e, sem ele, as camionetes perdem eficiência energética.
Estima-se que, ao redor do mundo, a paralisação na cadeia de produção de veículos já teria interrompido a produção de pelo menos 933 mil veículos.