Por De acordo com os cálculos feitos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), e levando em consideração os dados que foram obtidos através do Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), o índice de inflação ao motorista acumula uma alta de 17,03%.
Um dos motivos dessa alta é o desarranjo das cadeias globais de produção dos itens que precisam ser utilizados na produção dos veículos, que se agravou em função da pandemia de Covid-19. A cesta inclui preços de veículos, combustíveis, peças, serviços correlatos e também as tarifas públicas que fazem parte do dia a dia dos motoristas, como as multas e também o licenciamento.
Outro motivo que aumentou a pressão sobre os preços dos itens que fazem parte dessa cesta é a guerra na Ucrânia. Para ter uma ideia, apenas o reajuste dos preços dos combustíveis feito pela Petrobrás no mês de março foi de 22,08%, e este acabou se tornando um dos principais impactos no aumento do incide de inflação do carro.
Em relação aos produtos, os dados mais recentes do IPCA, que são referentes ao mês de fevereiro (ou seja, antes do início da guerra na Ucrânia), mostram que os automóveis novos já acumulavam uma alta de 22,94% em 18 meses de aumentos consecutivos, apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O preço médio do carro usado já está subindo há 20 meses, com uma alta acumulada de 22,66%. As motocicletas sobem há 15 meses seguidos e já ficaram 17,72% mais caras no período. Outros serviços correlacionados também tiveram aumento, como seguro voluntário, emplacamento e também os procedimentos de reparo de uma forma geral.
Os próximos meses devem ser marcados por uma queda na venda dos veículos, uma vez que a taca de juros também está elevada e deve aumentar, justamente para tentar frear a inflação. A taxa média de juros para compra de veículos foi de 26,86% em janeiro deste ano de 2022.