De acordo com uma declaração dada pelo presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira, dia 13, os descontos anunciados no programa Carro Popular não deverão durar mais de um mês. A afirmação foi feita durante uma transmissão ao vivo e teve como base os dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
"Então veja, reduzimos um pouco o preço do carro. Você viu, eu estava vendo uma notícia hoje que, já vai durar um mês e vai acabar o programa", afirmou Lula. A Anfavea, por sua vez, emitiu uma nota que diz: "Isso deverá ocorrer em pouco mais de um mês, ou seja, bem antes dos 4 meses de prazo estipulado pela MP 1175"
Até a última segunda-feira, dia 12 de junho, as montadoras tinham que informar oficialmente para o governo, através de uma plataforma própria para isso, o desejo de participar do programa de incentivos fiscais. A lista final de empresas dentro do programa deve ser divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na quarta-feira, dia 14.
O programa prevê um total de R$ 1,5 bilhão de créditos tributários para subsidiar a venda mais barata dos veículos. A partir do momento que o programa atingir este teto, os créditos deixam de ser concedidos.
Do total, R$ 500 milhões serão destinados para carros de passeio com preço até R$ 120 mil, enquanto R$ 700 milhões irão para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O governo definiu ainda que os primeiros 15 dias do programa serão destinados apenas para a venda de veículos para os clientes pessoa física.
De acordo com o que já havia sido anunciado anteriormente, os descontos para os carros de passeio vão variar entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. O desconto mínimo será de 1,6% para veículos de até R$ 120 mil. Já o teto máximo de desconto será de 11,6%.