Uma comissão parlamentar na Alemanha criada para investigar o Dieselgate, escândalo da emissão de poluentes dos modelos de carros da Volkswagen, questionou esta semana a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre o possível conhecimento de integrantes do governo em relação ao dispositivo que alterava os dados de emissão de poluentes.

Merkel afirma que não sabia do escândalo do diesel da Volkswagen

De acordo com o depoimento de Merkel, ela soube da fraude exatamente como todo mundo ficou sabendo, através das denúncias que acabaram sendo publicadas pela imprensa. O fato também foi comunicado oficialmente ao governo pelo ministro dos Transportes do país, Alexander Dobrindt.

A chanceler do governo alemão também defendeu o ministério dos transportes, afirmando que ninguém sabia de qualquer tipo de atividade irregular que estaria sendo cometida pela Volkswagen antes que os fatos foram divulgados ao grande público. A líder também expressou seu total apoio a investigação que está sendo realizada.

 Em outro momento da sua declaração, Merkel lembrou a importância da indústria automotiva para não apenas o mercado da Alemanha, mas também para o continente europeu como um todo, e pediu para que as pessoas não “demonizassem” o setor automotivo como um todo a partir deste fato.

O parlamento alemão criou uma comissão formada tanto por partidos de oposição quanto por partidos governistas, com o objetivo de entender melhor como foi possível que este escândalo tivesse acontecido durante tanto tempo sem despertar qualquer tipo de suspeita de parte do poder público. A comissão está revendo o caso a partir do ano de 2007, quando foram iniciadas as tratativas para controlar os níveis de emissão de poluentes dos carros.

Merkel afirma que não sabia do escândalo do diesel da Volkswagen

Mesmo com após os depoimentos de Merkel e do ministro dos transportes, os partidos de oposição afirmam que existem diversos indícios que apontam para o fato de que o governo sabia do problema bem antes de 2015.

Relembre o caso

Dieselgate foi o nome dado para um grande escândalo envolvendo o grupo Volkswagen e que se tornou público ao longo do ano de 2015. A empresa teria instalado softwares em diversos modelos dos seus carros para mascarar as reais quantidades de poluentes emitidos. A empresa acabou admitindo a existência deste software e que ele estaria presente em cerca de 11 milhões de veículos espalhados pelo mundo.