Por A pergunta divide opiniões e pode até mesmo provocar acaloradas discussões entre os compradores de carros. Afinal de contas, qual é o momento certo para vender o seu carro? Muitas pessoas defendem que o carro deve ser vendido pouco tempo depois que a pessoa compra, porque na medida que os anos passam ele vai ficando cada mais desvalorizado no mercado. Outras pessoas defendem que não, um carro poderá ficar durante muitos anos com a pessoa e que este papo de ter que ficar sempre comprando um novo veículo serve apenas para as montadoras que faturam mais no mercado capitalista do consumo.
Mas em ambos os casos invariavelmente poderá chegar um momento que as pessoas precisem vender o seu carro. Da mesma forma que aqueles que pensam que o carro deve ser vendido logo nos primeiros anos de uso também pode estar errados, porque na verdade não quer dizer apenas que um carro perde o seu valor por ano que as pessoas terão que se desfazer dele. Na verdade isso acontece com a maioria dos nossos bens duráveis, que acabam não sendo tão duráveis assim, mas nem por isso as pessoas saem as pressas para vender a sua máquina de lavar, por exemplo.
Mas algumas dicas podem ajudar as pessoas a decidirem pela dará que dará adeus ao seu velho amigo para compra de outro. Vale lembrar que as dicas que serão aqui apresentadas são apenas direções que as pessoas poderão tomar para ajudar na hora da decisão, mas não quer dizer que sejam realidades concretas de mercado. Cada caso sempre será um caso isolado, portanto é importante que as pessoas pesem com carinho os prós e contras antes de tomar sua decisão.
Mais tempo com o carro
Para a turma que prefere pensar no carro como um investimento a longo prazo, e que exatamente por isso é necessário ficar um bom tempo com o veículo que foi comprado , o melhor sinal de começar a pensar na possibilidade de se vender o seu carro para comprar outro é avaliar as questões relacionadas ao custo benefício da manutenção. Todos sabemos que a medida que o carro vai ficando mais velho e rodando bastante, os custos com manutenção sobem. A conta total destes gastos que as pessoas terão com a manutenção do seu carro sempre vai variar muito do modelo do veículo. Mas é importante que os motoristas não pensam apenas no dinheiro que ele está gastando, mas sim na escalada destes valores ao longo dos anos.
Grande parte das peças de um carro precisam ser trocadas de tempos em tempos, mas são peças que acabam sendo relativamente baratas. Mas existem também aquelas peças que são mais caras e que acabam exigindo que a pessoa tenha que fazer um investimento ainda maior na reposição. E é exatamente neste ponto que os motoristas devem acender o sinal de alerta para a possibilidade da venda do seu veículo. Quando o proprietário vai percebendo que a manutenção está fugindo do controle normal e há necessidade de troca de peças diferentes daquelas que estão previstas no manual de propriedade em uma determinada quilometragem, ou quando peças que não são previstas na rotina habitual de revisão começam a falhar, chega o momento da troca
As peças mais comuns que acabam se desgastando são: iltros de ar, óleo e combustível, velas de ignição, discos, pastilhas e fluídos de freio, amortecedores e buchas de suspensão, pneus e mesmo o sistema de embreagem. Mas o problema realmente começa a surgir quando as falhas acontecem nas peças consideras estruturais do veículo, como motor ou câmbio.
Além disso, existem também algumas janelas de manutenção que podem também indicar um possível momento de fazer a troca do seu carro. Geralmente os carros apresentam dificuldades em grandes peças que se desgastam periodicamente entre os 30 mil e 40 mil Km rodados, precisando de substituição. Esta também pode ser uma boa hora de vender o seu carro, poupando os gatos que teria com manutenção do carro para investir em outro modelo.
Menos tempo com o carro
Já para as pessoas que acabam não sendo tão apegadas assim ao seu veículo, e que acabam preferindo repassar logo seu carro para investir em um modelo mais recente, a dica sempre ficar de olho no mercado como um todo. E se realmente a pessoa está pensando de conseguir ter uma boa parte do seu retorno financeiro investido de volta, então é necessário vender o carro antes que ele tenha um acentuada declínio na sua valorização perante este mercado. É importante ressaltar que as condições do veículo são importantes, modelo e marca também, mas quando estamos falando do mercado, diversos fatores externos poderão interferir no preço do carro.
A redução do IPI para carros novos, por exemplo, acabou resvalando no preço dos carros usados, uma vez que eles tiveram que ter seus preços reduzidos para não ficarem tão caros em relação aos veículos zero quilômetro. Um outro fator que também poderá influenciar diretamente na hora de colocar o preço final na venda do seu carro é a a hipótese de o veículo sair de linha. Segundo a informação de analistas de mercado, o valor de revenda pode cair até 10% de um dia para o outro, após um anúncio de que o carro será descontinuado.
Da mesma forma que não adianta ficar acompanhando as notícias apenas da montadora fabricante do seu veículo, mas é importante ficar de olho também nos concorrentes. Isso porque quando uma outra montadora está prestas a lançar um carro que tenha as mesmas características do modelo da pessoa que está querendo vender, pode também acarretar em uma redução do valor de mercado do carro, principalmente se a montadora do vendedor baixar o preço do modelo para competir com os lançamentos.
Ainda existem fatores pessoais que interferem. Por exemplo, se a pessoa teve alguma dificuldade e não está conseguindo mais pagar as parcelas, é preferível vender o carro por um preço mais baixo do que ficar enrolado com contas.