Grandes fabricantes automotivos começaram a semana tendo que dar explicações referentes a um novo escândalo que foi parar nos principais veículos de imprensa internacionais. Volkswagen, Daimler (empresa que atualmente é a dona da Mercedes-Benz) e BMW estão sendo acusadas de testar efeitos das emissões de poluentes em macacos e também em humanos.
A revelação foi feita pelo jornal The New York Times. A notícia afirmou que as três empresas citadas acima estariam fazendo testes em macacos para acompanhar os efeitos diretos da exposição aos poluentes. Os testes que foram citados na reportagem teriam sido feitos ao longo de 2014 em território americano.
As empresas não estariam diretamente realizando os testes, mas sim financiando uma organização europeia de saúde que atua diretamente no setor de transporte para que os testes fossem conduzidos. Além das três montadoras que aparecem como as principais responsáveis por aportar os recursos na instituição, o grupo Bosch seria a quarta empresa envolvida.
Os testes teriam sido feitos com dez macacos. Os animais teriam sido expostos a fumaça que era expelida por um Volkswagen Beetle, para verificar os efeitos na saúde dos animais, depois que a Organização Mundial da Saúde classificou como cancerígenas as emissões do diesel em 2012.
Vale lembrar que este era um dos modelos de carros que estavam diretamente envolvidos no escândalo que ficou conhecido como “Dieselgate”, revelado no ano de 2015 e que provava que a Volkswagen estava adulterando os resultados de emissões de poluentes dos seus veículos através da instalação de um de um software.
A Volkswagen emitiu uma nota falando o seguinte: “sabemos que os métodos científicos usados pelo UEGT estavam errados e pedimos desculpas sinceras por isso". A Daimler afirmou que abrirá uma investigação sobre a pesquisa. A BMW alegou que não participou do desenvolvimento dos métodos para o estudo. Já a Bosch disse que deixou o grupo em 2013.
O caso acabou se tornando ainda mais grave nesta semana, quando um jornal alemão afirmou também que os testes eram feitos com humanos. O propósito dos experimentos era mostrar que, com os progressos técnicos, as emissões de motores a diesel não tinham maiores implicações sobre a saúde dos cidadãos.