Por A Nissan começou a detalhar nesta semana algumas das suas ações para o período que se avizinha, com um cenário de crise global em função da pandemia do novo coronavírus. A montadora confirmou que teve um prejuízo anual de US$ 6,2 bilhões, sendo a primeira perda em mais de uma década.
Diante disso, a empresa afirma que terá que realizar um processo de adequação ao mercado como um todo, o que deve resultar em menos produtos circulando e o fechamento de fábricas até o ano de 2023, o que deve acontecer, pelo menos neste primeiro momento, em apenas dois países: Espanha e Indonésia.
Diversas medidas de racionalização estão sendo tomadas, visando sempre reduzir os custos e a otimização de negócios. A montadora quer reduzir a capacidade de produção em 20%, assando para 5,4 milhões de unidades por ano. Além disso, ela quer utilizar ao menos 80% da capacidade das suas fábricas.
Em relação ao que ela disponibiliza para os consumidores, a ideia é um corte de pelo menos 20% em cima de todos os modelos que são atualmente vendidos. Com isso, a montadora teria 55 modelos diferentes sendo comercializados. Mas prevê também que aconteça o lançamento de 12 novos modelos nos próximos 18 meses.
Com o fechamento já anunciado da fábrica de Barcelona, que atualmente conta com cerca de 3 mil funcionários, e o fechamento da fábrica da Indonésia, a montadora quer manter o foco nas operações em países como Japão, China e América do Norte. Também pretende expandir sua frota de veículos elétricos.
Para enfrentar a crise, a Nissan também confirmou um reforço na aliança com a Renault e com a Mitsubishi para produzir quase 50% de seus modelos em conjunto até o ano de 2025. De acordo com um comunicado da aliança, esta união "permitirá reduzir os custos e os gastos de investimentos em até 40%" em cada veículo fabricado em comum, que se reagruparão em uma única fábrica do grupo "quando isto for considerado pertinente"