A Nissan anunciou recentemente a suspensão das ações comerciais que estavam recebendo novos pedidos do seu Ariya, que é a novidade da empresa no segmento global de SUVs puramente elétricos. De acordo com as informações que foram divulgadas pela agência Reuters, o cronograma está atrasando em virtude da falta recorrente de componentes, principalmente os já famosos semicondutores.
Com estes gargalos que estão sendo enfrentados na linha de produção do carro, a Nissan decidiu suspender os pedidos em diversos mercados. A matéria da Reuters, que cita fontes internas que não foram completamente confirmadas pela montadora, a taxa de produção do Ariya está em menos de 6.900 unidades neste mês de março e deverá cair para 5.200 em abril. Ou seja, números bem abaixo das metas iniciais traçadas pela Nissan, que esperava produzir anualmente 100.000 unidades do SUV (na prática, mais de 8.000 unidades por mês).
Além da pouca quantidade de componentes que estão chegando na montadora, a Nissan também está enfrentando uma série de problemas operacionais na planta de Tochigi, no Japão. Essa unidade também é a responsável pela produção de modelos híbridos da empresa e também alguns carros convencionais com motores térmicos.
O modelo Ariya está sendo produzido pela empresa com duas versões diferentes de conjunto mecânicos motor elétrico de 160 kW (217 cv) e 30,5 kgfm de torque no eixo dianteiro, ou dois motores elétricos combinados de 290 kW (394 cv), 61,2 kgfm de força e tração integral e-4FORCE. Em ambos os casos, o carro chega com pacotes de baterias de 63 kWh ou 87 kWh.
De acordo com os dados oficiais que foram divulgadas pela montadora, a autonomia do caro com tração dianteira fica entre 0 km e 610 km, dependendo da bateria escolhida. Já com tração integral, o alcance fica entre 430 km e 580 km. Estes números levam em consideração os ciclos de testes japoneses, que geralmente variam um pouco em relação aos modelos de medição europeus e norte-americano.