Por O mercado brasileiro automotivo, que estava aguardando ansiosamente uma nova fábrica da Honda aqui no Brasil, cuja construção já começou na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo, terá que esperar mais um tempo até que a unidade efetivamente seja lançada e comece a operar. De acordo com o presidente da empresa, a unidade será aberta apenas quando a indústria automotiva brasileira como um todo mostrar sinais de crescimento.
A Honda não tem o que reclamar com relação aos dados de vendas do ano passado quando levados em consideração apenas o mercado brasileiro. Ao longo dos anos de 2016, a montadora conseguiu vender praticamente todas as unidades que foram produzidas no país. De acordo com os dados oficiais da companhia, foram 122.541 unidades comercializadas.
A quantidade de carros que foram feitos ao longo do ano na unidade de Sumaré, também no estado de São Paulo, ficou em 120 mil unidades. Mas como a empresa ainda tinha unidades em estoque do ano de 2015, o número de vendas acabou superando a da produção.
Inauguração adiada
Mas nem estes números positivos fez com que os japoneses tivessem plena confiança para inaugurar a planta ainda este ano. O presidente da Honda South America, Issao Mizoguchi, afirmou que a empresa pretende esperar até aumentar 50% a quantidade de unidades vendidas pelo mercado brasileiro como um todo.
Na fala de Issao, o presidente da companhia afirma que está pensando em toda a cadeia produtiva envolvida na fabricação e na comercialização de carros, desde os fornecedores, passando pelas pessoas que trabalham na produção até os concessionários. O executivo também afirma que é necessário buscar um equilibro.
A Honda concluiu que se a unidade nova fosse aberta neste momento, não teria produção suficiente nem para um turno de trabalho completo, uma vez que esta fábrica é maior do que as outras. Estudos revelaram que a companhia não consegue dobrar suas vendas com sua linha atual.
Por isso, a Honda deve finalizar a unidade apenas quando a quantidade de carros emplacados no Brasil chegar aos 3 milhões por ano. Algo que parece bem distante da realidade atual da economia nacional.