Começa a valer no Brasil a partir desta segunda-feira, dia 3 de agosto, as novas especificações para a produção e venda da gasolina no mercado brasileiro. De acordo com os especialistas, tudo indica que o produto que passará a abastecer os veículos em território nacional terá mais qualidade, ficando mais perto do padrão utilizado na Europa, por exemplo.
De acordo com as informações que constam nas novas resoluções, as mudanças valem para a gasolina do tipo C (comum) e também para a gasolina premium, que costuma ser indicada pelas fabricantes para os carros esportivos.
A Petrobrás afirma que os novos padrões para o produto vendido por aqui já foram adotados há alguns meses, e que nada deve mudar. A empresa é responsável atualmente por cerca de 90% de toda a gasolina que é vendida por aqui.
O que muda basicamente são questões técnicas da produção da gasolina. Uma das alterações é a exigência de uma massa específica. A massa específica, ou densidade, é a quantidade de uma substância em um determinado volume. Para a gasolina, o padrão mínimo é 715 kg/m³. Isso significa que cada litro de gasolina deve pesar, no mínimo, 715 gramas. Antes, não havia um indicador.
A segunda alteração está relacionada ao método de contagem da octanagem da gasolina. A octanagem é o nível de resistência da gasolina à compressão no motor. Quando a mistura de gasolina com ar entra na câmara de combustão, o pistão faz um movimento de compressão, até que a vela solta uma faísca que promove a explosão.
Antes, a exigência para a gasolina vendida por aqui era de 87 octanos. Já pelas novas regras ele deve ter 92 octanos, seguindo a metodologia RON. Quanto maior a quantidade de octanos, mais resistente o combustível é à queima, e mais próximo do melhor nível de eficiência ele vai estar.
Ainda existe uma terceira alteração, que é a introdução de uma temperatura mínima de 77º C para destilação de 50% da gasolina. Antes, o teto de destilação era de 80º C.