As consequências de um dos maiores escândalos da história do setor automobilístico mundial seguem aparecendo. Nesta segunda-feira, dia 18, foi preso o diretor da Audi, Rupert Stadler, na Alemanha. O motivo foi o seu envolvimento direto no caso conhecido como “Dieselgate”, relacionado as adulterações que foram feitas nos motores dos carros movidos a diesel do grupo Volkswagen.

Presidente da Audi é preso na Alemanha

Vale lembrar que a Audi faz parte do mesmo grupo da Volkswagen. A montadora confirmou, em nota enviada para a imprensa, que o executivo realmente foi preso, e que se trata de uma detenção temporária. "A ordem de prisão é baseada na ocultação de provas", afirma um comunicado divulgado pela Promotoria de Munique.

Durante esta segunda-feira, os promotores que estão diretamente envolvidos na investigação do caso acabaram fazendo uma série de buscas na casa de Stadler. Os mantados teriam sido conseguidos com base nas acusações de suspeita de fraude e impropriedades indiretas.  

Presidente da Audi é preso na Alemanha

Nos últimos dias, o caso “Dieselgate” acabou voltando a ocupar os espaços de notícias, com o a imposição de uma multa, pela promotoria de Braunschweig, de 1 bilhão de euros pela manipulação das emissões de gases poluentes em motores diesel. A montadora, na semana passada divulgou que apenas acataria a multa, e que não recorreria.

A “boa notícia” para a Volkswagen é que, com essa aplicação e multa, o processo termina para o grupo. Na ocasião, a empresa afirmou que esperava que o fim deste processo tivesse efeitos positivos notáveis sobre outros processos que o grupo e suas filiais têm em outros países da Europa.

Mesmo assim, novas prisões ainda podem acontecer, pois existe uma lista que teria cerca de 20 nomes que ainda estariam sendo investigados. A suspeita é a de que o grupo teria colocado o mesmo dispositivo de adulteração dos resultados em outros modelos.